Nubank vai pechinchar para valer
David Velez, CEO do Nubank, deu uma pista de qual deve ser a toada daqui para frente nas negociações de aquisições de startups: a busca por pechinchas.
Em entrevista ao Financial Times, Velez disse que o Nubank deve apostar em novas aquisições, ressaltando que “algumas das conversas de fusões e aquisições” feitas pela fintech 12 meses atrás “estão voltando com um desconto de 70%”.
Velez não chegou a dar detalhes da quantidade de negociações do tipo em curso no Nubank, ou o quão representativa ela é da média da queda da avaliação do valor de mercado dos alvos de compra.
A porcentagem, no entanto, não é uma cifra fora da realidade. As ações da própria Nubank já perderam dois terços do seu valor nos últimos seis meses, segundo um levantamento feito pelo Financial Times.
O problema do Nubank é o mesmo de outras empresas de tecnologia: a menor quantidade de capital disponível para investir em empresas do setor, em meio a turbulências econômicas globais.
Análises macroeconômicas à parte, o mero fato de Velez ter mencionado publicamente a cifra de 70% é uma indicação de qual é a estratégia de negociação do Nubank daqui para frente.
Segundo Velez, as fintechs de menor porte estão mais dispostas a negociações de compra graças à dificuldade em manter-se de pé pela ausência de novas injeções de capital.
Ainda na avaliação de Velez, há um excesso de fintechs na região, e ao menos 40 banco digitais.
“Provavelmente foi demais. Os consumidores não terão 20 aplicativos de pagamento diferentes em seus smartphones. É muito complexo. Você pode ter três ou quatro, não 20”, prevê o CEO do Nubank… leia mais em Baguete 22/05/2022