Empresas brasileiras miram listagem na Nyse, mas ‘janela’ deve reabrir só em 2023
A Bolsa de Nova York (Nyse) conversa com “algumas” empresas brasileiras, inclusive pesos-pesados, para listagem nos Estados Unidos. A volatilidade alimentada pelo aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que ganhou uma dosagem extra diante da maior inflação em quatro décadas no país, porém, deve atrasar a reabertura do mercado somente para 2023. Por ora, somente estreias sem captação de recursos estão no radar. Depois de Eve, startup de ‘carros voadores’ da Embraer, a rede de churrascaria Fogo de Chão, controlada pela Fogo Hospitality, está em processo para colocar os pés em Wall Street.
“O mercado hoje está praticamente todo fechado. Precisamos de alguns meses de baixa volatilidade, com uma performance melhor, mais clareza de como os EUA vão controlar a inflação e o investidor ficar mais disposto a olhar novas empresas. Hoje, o investidor está um pouco receoso apesar de muito dinheiro no horizonte”, diz o chefe de mercados internacionais da Nyse, Alex Ibrahim, em entrevista ao Broadcast.
Além da subida de juros nos EUA, que diminui o apetite por ativos de risco como ações, o temor crescente de a maior economia do mundo entrar em recessão a reboque e a guerra na Ucrânia cobrem o cenário de incertezas. Nesse ambiente, afirma Ibrahim, o investidor está “cético” e muito preocupado” para apostar em novas empresas que venham a desembarcar em Nova York.