Pesquisadora na USP, com PhD e uma vida dedicada à academia, a doutora Lygia da Veiga Pereira estreou com o pé direito na iniciativa privada, trazendo investidores tarimbados. A gen-t, biotech criada pela renomada cientista brasileira, acaba de levantar R$ 10 milhões com o objetivo de montar o maior banco de genético do Brasil, com foco na diversidade do povo brasileiro.

Entre os investidores estão Eduardo Mufarej, que é fundador da GK Ventures, Daniel Gold (um investidor norte-americano especializado em biotecnologia) e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. A farmacêutica Roivant Sciences, dos Estados Unidos, também participou da rodada.

“Queremos saber quais são as variações genéticas que fazem a pessoa ter uma maior predisposição para alguma doença. Cerca de 80% dos genomas já sequenciados e estudados e os trabalhos sobre a genética humana são feitos com populações brancas e europeias”, diz Pereira.

O modelo é parecido com um outro que a pesquisadora coordena com o Ministério da Saúde, o DNA do Brasil. Lançado em 2019 e ainda em funcionamento, o projeto conta desde o início com o apoio operacional da rede Dasa e foi feito justamente para sequenciar o genoma de uma parcela da população, aproveitando o estudo Elsa Brasil de saúde da pessoa adulta brasileira.

A gen-t quer montar o maior banco genético do Brasil
Pixabay

Se daquela vez o alvo principal era o sistema de saúde público, dessa vez é a indústria farmacêutica. O modelo de negócio consiste em fechar contratos com essas empresas, que podem ser nacionais ou internacionais, para ajudar no desenvolvimento de medicamentos.…. leia mais em Pipeline 12/09/2022