A Chromo Invest surgiu do family office de Jayme Sirotsky, um dos fundadores do grupo de comunicação RBS, que migrou para o mundo de venture capital e private equity. Tiago Kretzmann, sócio da gestora, conta a estratégia ao Café com Investidor

No dia 20 de novembro deste ano, a BlackRock, que tem mais de US$ 7 trilhões de ativos sob gestão, anunciou um investimento série C de US$ 90 milhões na empresa nova-iorquina Loadsmart, uma espécie de “Uber do frete”.

Mas o que chamou a atenção foi a gestora que coliderou o investimento ao lado da BlackRock: a brasileira Chromo Invest, que surgiu do family office Jaymar Investimentos, de Jayme Sirotsky, um dos fundadores do grupo de comunicação RBS.

Fundada em 2013, a Chromo Invest foi criada para diversificar e profissionalizar os investimentos da família. Ela reúne também os três filhos de Jayme, entre eles Marcelo Sirostky, que participa do dia a dia da gestora.

Atualmente, a gestora conta com uma carteira com 70% dos recursos aplicados em investimentos alternativos, que vão de venture capital a private equity até apostas globais em real estate.

“O portfólio é global e sempre tivemos o cacoete de alternativos”, afirmou Tiago Kretzmann, sócio da Chromo Invest, ao Café com Investidor, programa que entrevista os principais gestores de venture capital e private equity, do NeoFeed.

Segundo Kretzmann, a Chromo Invest sempre trabalhou com a perspectiva de que havia muito risco no Brasil e que era necessário diversificar os investimentos em moeda forte. “E não seria em bonds e equities. Muito cedo começamos a colocar o pé na estrada”, afirma Kretzmann.

A Chromo Invest conta com portfólio de 11 empresas investidas em sua carteira de venture capital – seis delas internacionais, como a Loadsmart. Em private equity, são três investimentos. Entre eles, a academia Smart Fit, um dos principais negócios da gestora.

A rede de academias fundada por Edgard Corona foi a porta de entrada da família Sirotsky para o mundo de private equity e de venture capital, sendo o primeiro investimento em um ativo alternativo, em 2009, quando a Chromo Invest nem existia. Em 2015, a gestora fez um aporte relevante, do qual já vendeu uma parte e conseguiu o retorno do capital com um bom múltiplo.

“Estamos à busca da próxima Smart Fit”, afirma Kretzmann. “Qual será o próximo cavalo que a gente vai montar e surfar em uma história boa.”.. Leia mais em NeoFeed 26/11/2020