A Hikeuma startup que ajuda empresas como Bradesco, Nubank e Claro a adquirir clientes com um CAC baixo – acaba de levantar uma rodada de seed money que avaliou o negócio, criado há apenas quatro meses, em R$ 80 milhões (post-money).

A captação foi feita pela Coruja Capital, a gestora do ex-chefe da área de consumer bank do Itaú, Márcio Schettini, e pela 39a, de Gustavo Roxo, um ex-diretor do BTG.

A Hike nasceu com uma proposta simples.

“70% do mercado de vendas digitais está nas mãos das Big Techs (Google e Facebook). A gente quer surfar os outros 30%,” Renato Dolci, o fundador, disse ao Brazil Journal.

Basicamente, a Hike ajuda seus clientes a anunciar em mídias alternativas – como sites pouco conhecidos mas que têm audiência alta, e joguinhos de celular – o que reduz drasticamente o custo de aquisição do cliente (CAC) sem comprometer a conversão.

A Hike ajuda a captar clientes

“Aquele anúncio que aparece no meio do joguinho de celular é 7x mais barato que o Google e Facebook, por exemplo,” disse Renato. “O problema dessa mídia é que, se você não fizer direito, você não consegue converter.”

A Hike também compra mídia de sites como o Plusdin – que faz comparações entre produtos financeiros como cartões de crédito e tem mais de 4 milhões de acessos únicos por mês – e o Passageiro de Primeira, que ensina a ganhar e usar melhor milhas aéreas e tem 1 milhão de acessos/mês, majoritariamente da classe A.

A Hike ganha apenas no sucesso: se ela converter vendas para seus clientes a um custo menor que o CAC médio da empresa, ela recebe um valor em cima disso.

A Hike não é a primeira empresa de Renato dentro desse nicho. Até pouco tempo, o empreendedor era o CEO da Decode, um negócio fundado por ele e vendido ao BTG Pactual em 2019.

A Decode fazia mais ou menos a mesma coisa que a Hike, mas apenas para o BTG Digital, ajudando o banco de varejo a captar novos clientes para sua corretora e seus serviços de banking.

Antes de fundar a Decode, Renato teve uma trajetória pouco comum no mundo das startups.

Cientista político e mestre em econometria pela Sorbonne, ele trabalhou de 2013 até 2017 na Secretaria de Comunicação do Governo Federal (Secom), criando modelos para entender o comportamento da população em relação às pautas do Governo.

Na sequência, foi trabalhar na área digital do Banco do Brasil. Ficou pouco tempo. Saiu para criar sua própria consultoria de transformação digital, a BTB, que acabou adquirida pelo BTG, dando origem à Decode…. leia mais em Brazil Journal 11/10/2022