A startup que ajuda os usuários a emagrecer e quadruplica de tamanho ano a ano
Noom é um aplicativo que combina tecnologia e psicologia para educar os usuários a fazer escolhas mais saudáveis. App levantou US$ 114,7 milhões em investimentos com fundos como Sequoia e, em apenas três anos de operação, atingiu um faturamento de US$ 237 milhões
Receita do Noom é de US$ 237 milhões
A promessa de emagrecer tem engordado os cofres da startup americana Noom, um aplicativo que combina tecnologia e psicologia para mudar o comportamento de seus usuários, educando-os a fazer escolhas mais saudáveis.
Transformar a maneira como uma pessoa toma decisões não é algo que acontece da noite para o dia, então é compreensível que o app também tenha demorado para ser estruturado. Os engenheiros Saeju Jeong e Artem Petakov uniram forças para desenvolver o aplicativo em 2008, mas o produto final só ganhou as ruas em 2016.
A espera, ao que tudo indica, valeu a pena. Há três anos consecutivos a empresa quadruplica sua receita anual: passando de US$ 12 milhões, em 2017, para US$ 61 milhões em 2018 e US$ 237 milhões no ano passado. O app foi baixado por 50 milhões de pessoas e, só em 2019, 2,5 milhões de usuários contaram com a Noom para levar uma vida mais saudável.
Isso tudo explica os US$ 114,7 milhões em investimentos totais que a empresa levantou com alguns dos fundos mais respeitados do mundo, como Sequoia Capital, RRE, Samsung e Qualcomm.
O que faz do Noom diferente de qualquer outro serviço do mercado é o fato de o aplicativo ter sido desenvolvido por um extenso time composto por psicólogos comportamentais, nutricionistas e personal trainers, de forma que os usuários sintam que estão sendo guiados de modo individual e profissional durante sua jornada.
“Aplicativos como o do Vigilantes do Peso focam em contar pontos e outros similares contam calorias, mas se você pensar bem, tudo isso é uma forma de dizer ‘coma isso, não aquilo’. E a gente sabe que essa estratégia não é boa para mudar o comportamento de uma pessoa”, escreveu Petakov em uma de suas postagens do blog da empresa.
Sua fala é embasada em análises feitas também em primeira pessoa, porque Petakov estudou ciência da computação e psicologia na Universidade de Princeton, onde o executivo diz ter se apaixonado pela análise de tomadas de decisões. “Por isso tentamos entender os hábitos das pessoas e seus gatilhos, coisas que estão enraizadas na terapia comportamental cognitiva”.
Esse approach, até agora, tem mostrado resultados satisfatórios, com os usuários dedicados perdendo, em média, 7,5% de seu peso corporal em quatro meses. Mais do que isso, 60% dessas pessoas mantêm os novos dígitos na balança mesmo ao final do programa proposto pela Noom.
Para colocar os usuários “na linha”, o app opta por primeiro “ouvir” seus usuários. Ao se cadastrar no aplicativo, a pessoa têm de responder a um questionário significativo, dizendo porque gostaria de emagrecer, qual seria sua meta a curto prazo e falando um pouco mais de seu hábito e estilo de vida.
É nessa parte ainda que os usuários revelam se lidam com algum tipo de alergia ou doença, como diabetes.
O acesso a todas essas informações, combinado ao time de especialistas por trás do app, fez com que o Noom conseguisse desenvolver o primeiro programa de prevenção à diabetes totalmente online a ser reconhecido pelo CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças. Isso significa que os usuários que se cadastram buscando ajuda para essa finalidade, têm direito a reembolso de seus planos de saúde ou ajuda governamental, dependendo de cada caso.
Todos os planos oferecidos pelo Noom são pagos e podem variar de um mês a um ano. O valor de cada um flutua de acordo com a duração. A companhia diz que a opção mais popular é o pacote de quatro meses, vendido por US$ 129. O segundo da lista é o pacote de seis meses, que custa US$ 149. Quem optar por usar o app por apenas um mês ou dois meses tem, para isso, de desembolsar US$ 59 e US$ 99, respectivamente.
Aplicativo levantou US$ 114 milhões de investimento
Todos os pagantes recebem uma sugestão de dieta criada por uma nutricionista especializada e ganham acesso a estratégias de exercícios físicos. Além disso, os usuários podem registrar todas suas refeições no app, que se encarrega de contar as calorias e dizer se aquele aplicativo é uma escolha inteligente ou não – tudo isso com três tipos de “etiquetas”, sendo a verde para os alimentos inteligentes, amarelos para os que devem ser consumidos em moderação e vermelho para as comidas que seria melhor evitar.
Para não desanimar, o Noom também estabelece a ponte entre o usuário e um coach de saúde, que envia mensagens motivacionais. Os membros recebem ainda matérias e estudos, receitas saudáveis e são incluídos em um chat composto por pessoas que compartilham objetivos similares.
A média de idade na plataforma é bastante diversificada, com usuários variando de 18 a 60 anos, mas a maior parte deles – 24% – é composta por pessoas entre 40 e 59 anos.
O app está disponível em inglês, espanhol, japonês, coreano e alemão, e outros idiomas devem ser acrescentados à plataforma em breve. Enquanto isso não acontece, o Noom segue focado em se posicionar como um serviço de saúde, e não apenas como .. Leia mais em NeoFeed 18/06/2020