Venda para grandes fundos da América Latina é outro sinal do apetite de investidores estrangeiros por bancos italianos

 O ex-acionista controlador do Monte dei Paschi di Siena vendeu uma fatia de 6,5 por cento no terceiro maior banco italiano para dois grandes fundos da América Latina, em outro sinal do apetite de investidores estrangeiros por bancos italianos.

 A notícia da venda da fundação Monte Paschi à Fintech Advisory e à BTG Pactual Europe segue compras de ações em diversos bancos italianos feitas pela BlackRock, a maior administradora de recursos do mundo, e impulsionou as ações do banco para uma alta de mais de 11 por cento nesta segunda-feira.

 A Itália está lentamente saindo de uma profunda recessão de dois anos e o novo governo do primeiro-ministro Matteo Renzi está alimentando expectativas de que o país pode finalmente abordar reformas aguardadas há muito tempo.

 “O rali de Renzi continua”, disseram analistas do Credit Suisse em um relatório nesta segunda-feira. “Os bancos italianos parecem baratos”, eles disseram, acrescentando que “há um escopo significativo para consolidação … (que) deve levar a importantes sinergias de custos e margens mais altas”.

 A fundação, uma organização de caridade com fortes vínculos políticos com a cidade de Siena, disse nesta segunda-feira que a Fintech, um fundo de investimento baseado nos Estados Unidos e detido pelo empresário mexicano David Martinez, comprou uma fatia de 4,5 por cento.

 A BTG Pactual Europe, uma unidade de administração de recursos do banco brasileiro de investimento controlado pelo bilionário André Esteves, adquiriu 2 por cento. Reuters | Leia mais em exame 31/03/2014