Conhecido por sua experiência no setor de varejo, o fundo de private equity (que compra participação nas companhias) Advent International está enfrentando os efeitos da crise trazida pela pandemia em diferentes frentes nessa área.

Com presença no Brasil desde 1997, quando Patrice Etlin abriu o escritório no Brasil, o Advent é um dos fundos mais ativos do País e investe em redes que estão fechadas, lojas que fecharam e abriram e outras que ficaram abertas o tempo todo. Com essa sensibilidade, Etlin é categórico em dizer: a retomada vai depender mais da confiança dos consumidores do que de qualquer iniciativa do poder público.

Tijolos. Na largada da crise, o fundo tinha empresas que fecharam as portas da noite para o dia, como a Allied (que detém, por exemplo as franquias das lojas Samsung no País), a Restoque (dona das marcas Le Lis Blanc e Dudalina, dentre outras). Outras empresas, como a rede de materiais de construção, Quero-Quero e a Fortbrás, de autopeças, foram fechadas no início da quarentena, mas depois foram consideradas atividade essencial e puderam abrir as portas. “Na Fortbrás e na Quero-Quero vimos a volta”, diz ele. “Em materiais de construção, voltou um pouco abaixo do que no ano passado, mas de maneira consistente.” No Sul, quando as lojas de eletroeletrônicos foram reabertas, houve um efeito “champagne”, mostrando demanda represada. No entanto, ainda é cedo para estabelecer uma tendência.

Grande. Já o BIG, ex-Walmart, que de cara foi declarado como varejo essencial, não teve seu funcionamento interrompido. Mas nem por isso manter a operação em funcionamento foi simples, por ter sido necessário ajustar o dia a dia por questões sanitárias e de distanciamento físico. “Estamos vendendo acima do orçamento (previsto)“, disse. “Teve a questão da estocagem (das famílias), que continuou na quarentena e principalmente nos hipermercados, um formato que vinha em declínio.”.. Leia mais em estadao 25/04/2020