Assim como o bilionário dono da Space X e Tesla, no passado recente, companhias como a Boeing, Microsoft, Grupo Soma e LVMH também voltaram atrás e desistiram finalizar alguns negócios.

A decisão do bilionário Elon Musk – dono da Tesla e Space X – de desistir da comprar da rede social Twitter movimentou o mercado financeiro. O empresário colocou a culpa nas divergências de números apresentados pela empresa do passarinho azul. Mas essa não é a primeira vez que um empresário, ou companhia, desiste de efetivar, no meio de caminho, a aquisição de um determinado negócio.

Logo no início da pandemia de covid-19, em 2020, a Boeing anunciou que encerrou as negociações para adquirir a divisão de aviação comercial da Embraer. As empresas haviam anunciado o acordo de US$ 4,2 bilhões em julho de 2018. À época, a gigante americana responsabilizou a companhia brasileira, informando que a não conclusão do negócio se deu uma vez que a Embraer não teria atendido as exigências necessárias em contrato.

Recentemente, outra companhia que optou por não dar continuidade ao processo de compra de empresa foi o Grupo Soma – dona das marcas Farm e Animale. Em abril deste ano, a companhia divulgou que rescindiu o acordo de investimentos assinado com a marca de produtos esportivos Lauf. A explicação, foi que a empresa teria decidido focar em seus principais ativos, o que deixava de lado a compra de ativos de “menor representatividade”. Na ocasião, o valor da negociação não chegou a ser divulgado.

No mundo da moda, quem optou por não prosseguir com as negociações foi a gigante francesa de bens de luxo LVMH – proprietária de grifes como Louis Vuitton e Fendi. Em 2020, a companhia desistiu de arrematar a rede de joalherias americanas Tiffany. O negócio era avaliado em US$ 16 bilhões. As negociações do que seria a maior negociação do mercado de luxo mundial acabou minguando diante do início da pandemia e da avaliação do grupo de que a empresa estaria pagando caro demais pela joalheria.

Ainda no setor de tecnologia, o Yahoo também já foi alvo de uma proposta de compra que não se oficializou. Em 2008, a gigante Microsoft iniciou a negociação da aquisição pela bagatela de US$ 44,6 bilhões, mas o Yahoo esperava receber uma oferta 19% superior. Diante dos problemas na negociação, a empresa fundada por Bill Gates desistiu da compra.

No entanto, oito anos depois, as ações da empresa de internet voltaram a ser negociadas, dessa vez com a operadora de telecomunicações Verizon, que adquiriu a empresa por US$ 4,8 bilhões, um valor quase 90% inferior ao que foi negociado inicialmente com a Microsoft… saiba mais em Terra 08/07/2022