Oferta de Elon Musk superou em US$ 1 bilhão a maior operação do último ano, entre Discovery e WarnerBros

Após 11 dias de negociações, Elon Musk, o homem mais rico do mundo, oficializou ontem (25) a compra de 100% do Twitter em uma aquisição de US$ 44 bilhões – o equivalente a R$ 214 bilhões. O acordo aconteceu cerca de um mês depois de o bilionário afirmar que detinha 9% de participação na rede social, apesar de, na época, ter destacado a falta de liberdade de expressão na plataforma.

Com a operação, a rede social deixará as bolsas de valores, tornando-se uma empresa de capital fechado. A decisão chegou a ser contrariada pelo conselho de administração no Twitter, mas, devido à aprovação da maior parte dos acionistas, o negócio acabou sendo autorizado. Assim, a expectativa é que a compra seja finalizada ainda este ano.

A quantia bilionária paga pelo empresário sul-africano, que também lidera empresas como a Tesla e SpaceX, foi definida por ele próprio como sua “última e melhor” oferta para a rede social. A soma superou em US$ 1 bilhão a maior operação do último ano, envolvendo as companhias de mídia Discovery e WarnerMedia, do grupo AT&T.

No entanto, apesar de alta, ofertas desse tipo estão ficando cada vez menos raras – ou, pelo menos, é o que indicam os dados do setor. Em 2021, o volume envolvido em compras e fusões de empresas chegou a totalizar US$ 5,8 trilhões, um aumento de 64% em relação ao período anterior, segundo a plataforma financeira Dealogic. Só no Brasil, foram registradas 1.102 movimentações do tipo, somando US$ 44,7 bilhões, de acordo com relatório de novembro da Transactional Track Record.

Pensando nisso, a Elas Que Lucrem levantou as aquisições mais caras da última década. Veja, a seguir, quais são elas:

Discovery e WarnerMedia: US$ 43 bilhões

No último ano, a AT&T, proprietária da WarnerMedia, anunciou a venda da marca para a Discovery por US$ 43 bilhões. A fusão bilionária deu origem a Warner Bros. Discovery, gigante detentora dos canais HBO, HBO Max, CNN, Warner Bros., DC Films, New Line Cinema, Cartoon Network, Discovery Channel, Food Network, TLC e Animal Planet

S&P Global e IHS Markit: US$ 44 bilhões

A maior aquisição corporativa de 2020 aconteceu entre os geradores de dados financeiros S&P Global e IHS Markit. Na ocasião, o grupo norte-americano adquiriu seu rival britânico por US$ 44 bilhões – mesmo valor agora pago por Musk pelo Twitter -, consolidando uma nova potência no setor.

BAT e Reynolds: US$ 49,4 bilhões

A fabricante britânica de cigarros British American Tobacco (BAT), responsável por marcas como Dunhill e Lucky Strike, comprou sua rival norte-americana Reynolds American em 2017. A aquisição totalizou US$ 49,4 bilhões, fazendo da companhia uma das maiores do mundo no setor de tabaco.

Dell e EMC: US$ 67 bilhões

Em 2016, a marca de computadores Dell ofereceu US$ 67 bilhões para a compra da fornecedora de servidores e softwares EMC. A aquisição ficou conhecida como uma das maiores da história da tecnologia, sendo responsável por transformar a companhia na Dell Technologies.

Disney e 20th Century Fox: US$ 71,3 bilhões

Responsável por criar um dos maiores impérios de conteúdo audiovisual do mundo, a Disney concluiu a aquisição da Fox em 2019. O negócio movimentou US$ 71,3 bilhões e incluiu todo o conteúdo de cinema, TV e internet produzido pela companhia até então.

AB Inbev e SABMiller: US$ 104 bilhões

Depois de incorporar os negócios da rival SABMiller por US$ 104 billhões, a AB Inbev se tornou uma das maiores fabricantes de cerveja do mundo, sendo responsável por um terço da produção da bebida no planeta. A negociação aconteceu em 2016 e reuniu marcas como Corona, Stella Artois, Leffe, Budweiser e Fosters.

Verizon e Vedafone: US$ 130 bilhões

Em 2013, a empresa norte-americana de telefonia móvel Verizon desembolsou US$ 130 bilhões para comprar a sua atual unidade sem fio, a Verizon Wireless. As negociações foram feitas com a operadora Vedafone, que na época detinha 45% da empresa de comunicação.

Pfizer e Allergan: US$ 160 bilhões

Logo após adquirir sua rival irlandesa Allergan, a Pfizer se consolidou como uma das maiores empresas do setor farmacêutico. A aquisição aconteceu em 2015 e custou US$ 160 bilhões para a fabricante do Viagra.

.. saiba mais em eql 26/04/2022