A Aleve Legaltech Ventures – holding formada pela FCJ Venture, o escritório Andrade Silva Advogados e investidores – está acreditando na inovação tecnológica na área jurídica brasileira por meio de startups. Quem conta é a CEO da Aleve, Priscila Spadinger.

Entrevista com Priscila Spadinger, CEO da Aleve Legaltech Venture

Como surgiu a Aleve? Conta um pouco da história da holding formada pela FCJ Venture, o escritório Andrade Silva Advogados e investidores de diversas partes do mundo.

A Aleve surgiu da união de esforços entre a Andrade Silva Advogados, o Grupo FCJ e eu, pois juntos entendemos que seria possível alinhar inovação e tecnologia para as dores do direito, cujas soluções são muito transversais, ou seja, afetam diretamente todos os negócios em todas as áreas, já que em todos há a necessidade de trabalhos jurídicos para que se concretizem. A inquietação dos fundadores e as expertises individuais proporcionaram a geração de autoridade no mercado sobre o tema legaltechs e, a partir dali, a Aleve conquistou seus atuais investidores e estará de portas abertas para outros em breve.

Quais são os critérios para a Aleve investir numa startup?

A metodologia que utilizamos é buscar uma a uma no mercado. As interessadas também podem se inscrever no nosso site, que já dá um feedback sobre a continuidade ou não do processo de aceitação com base nas informações fornecidas pela startup. Se o feedback for positivo, uma equipe da Aleve, especializada em inovação, entra em contato para agendar uma entrevista, e, em caso de ser selecionada, essa startup é levada para um evento chamado Investor Day, onde será submetida à avaliação de uma banca examinadora. Na sequência, a startup é levada para o Conselho de Administração, que decide se a candidata fará parte do ecossistema da Aleve. Por sermos uma venture builder, investimos indiretamente nas startups em fase inicial de operação, construindo o negócio ao lado delas, como sócios estratégicos, e nossa meta é vender a nossa participação societária na Série B, se estiver de acordo com a nossa tese acordada junto aos investidores. Em média, investimos indiretamente nas startups do nosso portfólio, entre R$ 200 mil a R$ 400 mil. Na sequência, usamos nossa rede de relacionamento, trazendo capital anjo quando a empresa já traciona de alguma forma no mercado. Seguindo o crescimento do negócio, buscamos capital pré-seed, seed, Série A e Série B, quando então vendemos a nossa participação.

Qual foi o investimento que a Aleve fez até o momento nas startups?

Quando lançamos a Aleve já tínhamos captado a primeira rodada de investidores, no valor total de R$ 1,3 milhão. Abriremos a segunda rodada no início do ano que vem para termos mais R$ 1 milhão na operação. A terceira rodada virá até 2022, e a quarta, em 2023, completando R$ 4 milhões no total da captação final. Os recursos alocados nas startups vêm, num primeiro momento, basicamente de pessoas ou empresas que investiram na holding Aleve……

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FCJ Venture

No meio jurídico, quais são as carências mais necessárias de serem resolvidas e que as legaltechs podem dar jeito?

Analytics e jurimetria – plataformas de análise e compilação de dados e jurimetria; automação e gestão de documentos – softwares de automação de documentos jurídicos e gestão do ciclo de vida de contratos e processos; compliance – empresas que oferecem o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e políticas estabelecidas para as atividades da instituição; conteúdo jurídico, educação e consultoria – portais de informação, legislação, notícias e demais empresas de consultoria com serviços, desde segurança de informação a assessoria tributária; Extração e Monitoramento de Dados Públicos – Monitoramento e gestão de informações públicas como publicações, andamentos processuais, legislação e documentos cartorários; Gestão, Escritórios e Departamentos Jurídicos – Soluções de gestão de informações para escritórios e departamentos jurídicos; IA (Setor Público) – Soluções de Inteligência Artificial para tribunais e poder público; Redes de Profissionais – Redes de conexão entre profissionais do direito, que permitem a pessoas e empresas encontrarem advogados em todo o Brasil; Regtech – Soluções tecnológicas para resolver problemas gerados pelas exigências de regulamentação; Resolução de conflitos online – Empresas dedicadas à resolução online de conflitos por formas alternativas ao processo judicial como mediação, arbitragem e negociação de acordos; Taxtech – Plataformas que oferecem tecnologias e soluções para todos os seus desafios tributários; Civic Tech – Tecnologia para melhorar o relacionamento entre pessoas e instituições, dando mais voz para participar das decisões ou melhorar a prestação de serviços; Real Estate Tech – Aplicação da tecnologia da informação através de plataformas voltadas ao mercado imobiliário e cartorário….Leia mais em otempo 01/12/2021