A venda da empresa de sucos Do Bem pode tirar do colo da Ambev o controle de um negócio que perdeu valor e, sem investimentos relevantes, encolheu no portfólio, mas o seu crescimento nas mãos dos novos donos pode ser mais complexo do que parece no curto prazo.

Após o vazamento da informação no mercado ontem, a Ambev confirmou a venda do negócio para a Tial, uma marca com força especialmente em Minas Gerais, onde foi criada, e cujo grupo controlador tenta ganhar maior expressão nacional há anos.

Do lado da Ambev, logo ao anunciar a compra da Do Bem, em 2016, a ideia era “estar cada vez mais próximo dos consumidores” com a aquisição, e a empresa de sucos saudáveis era “o parceiro ideal para oferecer novas bebidas” dentro do portfólio da empresa.

Só que o negócio não cresceu em participação dentro da carteira de não alcóolicos da Ambev, como inicialmente se planejava, em parte por investimentos abaixo do realizado em outras linhas do grupo, consideradas mais estratégicas dizem fontes ouvidas hoje.

Dados sobre a empresa nos materiais de resultados da Ambev mostram que o negócio perdeu valor ao longo dos anos, e lançamentos feitos com a Do Bem acabaram “morrendo na praia” e saindo de linha.

Em 2016, a Ambev comprou 66% do negócio por R$ 89 milhões, como consta em documentos do relatório anual — o que avaliou a Do Bem em pouco mais de R$ 130 milhões... leia mais em Valor Econômico 07/01/2025