Rede de origem francesa vem fechando unidades em capitais e no interior de São Paulo

Loja no Tucuruvi vai ficar com a família Gouveia, varejista independente dona de um só hipermercado

O Carrefour, segunda maior rede supermercadista do país, decidiu vender o hipermercado do Tucuruvi (zona norte) para o grupo Andorinha, varejista independente e dono de uma única loja no Horto Florestal, também na zona norte de São Paulo.

O ponto comercial do Tucuruvi é alugado pelo Carrefour e a venda para o Andorinha foi uma alternativa para evitar fechá-lo. O valor do negócio não foi revelado.
O Andorinha pretende aproveitar boa parte dos funcionários do Carrefour. A “conversão” da bandeira ainda não tem data, mas deve ocorrer antes do Natal.

Em agosto, o Carrefour fechou duas unidades em São Paulo -Morumbi (zona sudoeste) e Ipiranga (zona sudeste)-, dispensando cerca de mil funcionários, segundo o sindicato dos comerciários.

A rede varejista ainda encerrou as atividades de lojas em Vitória (ES), Uberaba (MG), Brasília (DF) e Niterói (RJ) e mais oito supermercados de bairro na região de Ribeirão Preto (SP).
Também converteu em Atacadão a bandeira das unidades de Aparecida de Goiânia (GO), Campinas Dunlop (SP), Porto Alegre Sertório (RS), Novo Hamburgo (RS) e Franca (SP).

INDEPENDENTE
O Andorinha é da família Gouveia, de origem portuguesa, que transformou um pequeno comércio em um dos poucos hipermercados independentes de São Paulo.
Segundo o Andorinha, a loja da zona norte emprega 900 pessoas. Além do hipermercado, o ponto do Horto tem um pequeno shopping. Com 36 anos no país, o Carrefour passa hoje por sua maior reformulação. Além de fechar unidades, trocou 70% dos executivos da área comercial e reviu contratos com a maioria dos fornecedores.

Apesar dos constantes rumores de venda para os rivais Walmart e Cencosud/G.Barbosa, a filial brasileira do Carrefour é a segunda mais lucrativa no mundo depois da matriz francesa.
O Carrefour afirmou que a loja do Tucuruvi segue operando normalmente. Formalmente, não negou nem confirmou o negócio. Por TONI SCIARRETTA
Fonte:Folhadesp14/10/2011