A despeito do aumento da incerteza provocado pela inflação em alta, guerra na Ucrânia e a política de combate à covid pela China, os sinais são de que o investidor continua inclinado a manter posições em ativos que tenham comprometimento com sustentabilidade. E, mesmo diante da grande volatilidade nos mercados, as perspectivas são ainda de forte crescimento de operações atreladas a metas ESG.

Segundo o presidente-executivo do UBS BB Investment Bank, Daniel Bassan, que participou de evento virtual realizado pela instituição, as emissões de títulos de dívida com metas sustentáveis triplicaram em 2021. Hoje, diz, 11% dos bônus no mundo são “verdes”.

No Brasil, a proporção é ainda maior: 20% dos bônus emitidos por empresas brasileiras têm aspectos ESG, ou seja, quase o dobro da média mundial. Em 2022, o número de operações diminuiu por causa da volatilidade dos mercados, provocada pela alta da taxa de juros. Entretanto, das emissões realizadas, 50% tinham caráter ESG. “E isso deve continuar. Mesmo com as empresas tendo que lidar com diferentes desafios, entre eles a inflação mais alta, nós acreditamos que o ESG vá continuar como um foco”, diz o executivo.

Apetite por ativo ESG não esfriou com crise

Dentre as emissões ESG, a categoria que mais cresce é de Sustainability Linked Bonds (SLB), captações nas quais a empresa não precisa destinar os recursos para um projeto específico… leia mais em Valor Investe 20/07/2022