O Grindr, maior app de paquera LGBTQIA+ do mundo, vai se tornar uma companhia listada na Nyse por meio de uma fusão com a SPAC Tiga. O app foi avaliado em US$ 1,6 bilhão e a empresa combinada tem valor estimado em US$ 2,1 bilhões. O capital deve ser usado para reduzir dívida e financiar crescimento.

A transação com uma SPAC é um forma menos arriscada para o Grindr chegar à bolsa depois de polêmicas sobre venda e vazamento de dados, que poderiam afetar o apetite do investidor num IPO comum e com restrições de divulgação de projeções. Uma reportagem do Wall Street Journal no início do mês disse que o aplicativo coletava e vendia dados de localização dos usuários desde 2017. A companhia argumentou ao jornal que compartilha menos dados que a maioria dos apps de namoro e outras grandes empresas de tecnologia.

Baseado na Califórnia, o Grindr tem 10,8 milhões de usuários mensais ativos, com média de 61 minutos por dia conectados no app. Enquanto as companhias de tecnologia penam para se tornar rentáveis, o Grindr diz que já é lucrativo e, no ano passado, teve crescimento de 31,5% no número de usuários pagos. A margem Ebitda ajustada foi de 53% em 2021.

App Grindr chega à Nyse

Cerca de 80% dos usuários têm 35 anos ou menos e a companhia vê potencial para aumentar o número de assinantes – número que no fim do ano estava em 723 mil.

A chinesa Kunlun havia comprado o controle do Grindr em 2016 e o restante das ações em 2018, mas em 2020 foi obrigada a vender o negócio por pressão do governo americano. A chinesa chegou a planejar um IPO da companhia em 2018, mas não vingou.

O comprador foi a San Vicente Acquisition Partners, que pagou US$ 620 milhões na época. Os atuais acionistas continuarão a deter 78% do negócio após a fusão, que deve ser concluída no segundo semestre… leia mais em Pipeline 10/05/2022