Até o final do primeiro semestre deste ano, o Assaí (ASAI3) planeja que 40 lojas oriundas da aquisição do Extra Hiper estejam em funcionamento. A operação, que movimentou R$ 5,2 bilhões e oficializou a separação da companhia do GPA (Grupo Pão de Açúcar), aconteceu no final de 2021.

O acordo com o GPA prevê a conversão de 70 lojas Extra Hiper em pontos do Assaí. “Dessas 70 lojas, 63 estão em grandes capitais ou regiões metropolitanas, que nos permitirão aumentar nosso market share até o final do quatro trimestre de 2022, ao penetrar nesses novos mercados”, disse Belmiro Gomes, CEO do Assaí, em live do InfoMoney.

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

Ainda de acordo com Gomes, a lista definitiva de lojas que serão convertidas deve ser divulgada até o final de março. Além disso, o atacadista também tem planos de abrir outras 10 lojas orgânicas.

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GPA

O resultado da aquisição do Extra Hiper em relação às vendas, segundo o CEO, provavelmente aparecerá no balanço da companhia referente ao quatro trimestre de 2022.

Para ele, é esperado que possa haver uma ligeira compressão na margem Ebitda (relação percentual entre a geração operacional de caixa medida pelo Ebitda e a receita líquida), em torno de meio ponto percentual, enquanto a contribuição em termos de faturamento deverá ser vista em 2023.

Em 2021, o Assaí obteve um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 3,3 bilhões, com um lucro líquido 16,5% maior do que o do período anterior.

A alta no preço das commodities, como os combustíveis, em decorrência do conflito na Europa e das sanções à Rússia, é um fator que pode acentuar a pressão inflacionária para o setor de alimentos, embora o CEO do Assaí espera por um impacto menor por se tratar de uma necessidade básica da população.

“Vimos uma alta de preços muito significativa. A guerra vai afetar o preço das commodities, dos combustíveis e vai colocar pressão no setor alimentar novamente”, disse Gomes, que contou também que, a partir de 2020, com a pandemia, observou uma mudança significativa de hábitos da população em relação ao consumo, oportunidade em que o atacado consegue se posicionar oferecendo preço mais em conta e com foco na experiência do cliente na loja.

A reclassificação da pandemia de Covid-19 como endemia, entretanto, pode trazer um alívio para o mercado atacadista. “Temos uma expectativa positiva. Poderia levar a uma maior atividade de eventos que favorecem o nosso setor, que pode voltar mais fortemente às suas atividades”, disse….saiba mais em InfoMoney 22/03/2022