A Aura Minerals (AURA33) concluiu nesta quarta-feira (21) a aquisição do controle acionário da australiana Big River Gold. A mineradora canadense, com operações na América Latina, pagou US$ 51,6 milhões à vista por 80% da companhia. Os outros 20% ficam com a Dundee Resources, desenvolvedora de projetos do Canadá. A Big River é dona do projeto Borborema, de exploração de ouro a céu aberto, no Rio Grande do Norte. Ao assumir o controle da empresa, a Aura Minerals tem chances de elevar sua produção ao nível dos grandes players do mercado.

“Não sabemos ainda se Borborema vai fazer a gente passar das 500 mil onças [por ano]. Estamos fazendo estudos para saber qual é a sua produção. Sabemos que vai superar os 400 mil, mas queremos estar entre 500 mil e 1 milhão de onças”, afirmou Rodrigo Barbosa, CEO da Aura Minerals, ao InfoMoney.

O ganho de escala vai permitir que a Aura acesse recursos de grandes fundos de investimentos e investidores internacionais. A produção anual superior a 500 mil onças é um número chave. De acordo com a Aura, mineradoras nesse patamar também costumam ser negociadas por múltiplos maiores no mercado de ações. Novas operações de fusões e aquisições (M&A) seguem na estratégia da companhia.

Aura Minerals conclui compra de mineradora

Aura Minerals vai decidir qual projeto começar primeiro

Borborema é um projeto greenfield, assim como dois outros que já faziam parte do portfólio da Aura Minerals no Brasil: Almas, no Tocantins, e Matupá, no Mato Grosso. “Com esses dois, a gente sabia muito bem como chegar nas 400 mil onças”, explicou Barbosa. O projeto Almas começou a ser construído no final do ano passado e já tem mais de 60% das obras concluídas, segundo o CEO. A previsão é que a produção no local tenha início a partir do ano que vem. Almas deve produzir, em média, 51 mil onças de ouro por ano.

A dúvida da companhia no momento está entre dar início à construção de Matupá ou de Borborema. “Temos condições financeiras, uma situação de balanço robusta e uma forte geração de caixa que nos permitiria desenvolver os três projetos ao mesmo tempo se assim quiséssemos”, explica Barbosa. Mas o CEO afirma que a empresa quer desenvolver cada um deles em separado. “É uma obsessão nossa a excelência na gestão. Começar dois projetos ao mesmo tempo desfocaria o time.”.. leia mais em Info Money 21/09/2022