Lucrativo, mas complexo. É assim que o agronegócio é definido por Andre Glezer e Alan Glezer, empreendedores com alguma experiência no mercado de capitais e investimento em startups. Juntos, eles fundaram a Agrolend, fintech que financia pequenos produtores rurais com microcrédito para a compra de equipamentos e insumos agrícolas

A proposta da fintech é também criar alternativas para financiar produtores que precisam de capital para manter a roda girando, mesmo quando eles não estão nos grandes centros. O alvo são os produtores grandes demais para serem atendidos pelo Banco do Brasil (principal financiador do agro no país), e pequenos demais para serem atendidos pelos bancos privados. “Nossos clientes costumam faturar de 500.000 reais a 5 milhões de reais por ano”, diz Andre Glezer, cofundador e CEO da startup.

A resposta para chegar até esses agricultores, então, foi se apoiar em tecnologia para democratizar o acesso a crédito até mesmo nos rincões do país.

Todo o processo começa com a inserção de alguns dados cadastrais na plataforma. Depois, o sistema da Agrolend “conversa” com pelo menos outros 10 bancos de dados como Serasa e Banco Central, para a avaliação de risco e concessão do crédito. Por fim, a fintech concede uma carta de crédito ao produtor, que pode ser utilizada entre fornecedores de insumos e indústrias parceiras.

Segundo o CEO, todo o processo leva em torno de cinco dias. “Nossa proposta é levar não apenas crédito, mas agilidade e sem burocracias e papéis desnecessários”, diz.

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Agora, a empresa acaba de ganhar um novo fôlego para perseguir esse objetivo. A Agrolend captou 120 milhões de reais, boa parte deles (80 milhões de reais) em uma rodada série A liderada pelo Valor Capital Group, com a participação de antigos investidores da empresa, como Continental Grain Company, SP Ventures, Provence Ventures e Barn Invest.

Os outros 40 milhões de reais são parte de um FIDC, que contou com a participação do Itaú Asset, Verde Asset e Augme. No passado, a Agrolend já havia captado cerca de 9 milhões em uma rodada semente.

A Agrolend começa o ano de 2022 com uma carteira de crédito de 40 milhões de reais. A intenção é ampliar esse total para 500 milhões de reais até o final de 2022, e duplicar isso no ano seguinte. No mesmo ritmo, a startup quer ampliar a base de clientes de 300 para 2.500 ainda neste ano.

O capital deve ajudar nessa frente. A intenção da empresa é investir em melhorias tecnológicas na plataforma e, ao mesmo tempo, trazer novos talentos para o time.

“A maior dor do agro hoje é o crédito. Estamos trazendo uma solução para isso de forma simples, fácil, digital e sem burocracia”, diz Alan Glezer, cofundador da Agrolend. “Vamos ser o branco digital do agro, e esse investimento e crescimento de carteira é o primeiro passo para isso”,…Leia mais  em Índices bovespa 19/01/2022