O mercado aguarda para breve – em alguns minutos – o anúncio de um leilão de ações da Petrobras pelo BNDES para amanhã, em um block trade que deve ultrapassar R$ 5 bilhões. A instituição vai colocar no mercado algo como 1,5% do capital da petroleira em ações preferenciais.

Desde 2020, o banco de fomento acelerou sua estratégia de desinvestimento. Em fevereiro daquele ano realizou uma oferta pública de R$ 22 bilhões em ações da petroleira. Agora, entre a posição do banco e da BNDESPar, a instituição ainda detém perto de 8% da estatal — cerca de 18,5% das ações sem direito voto.

A estatal, depois das sucessivas quedas nos últimos pregões, está avaliada em R$ 430 bilhões. Neste ano, o mercado mais volátil acabou inibindo maiores movimentos do BNDES até o momento. A única venda da instituição foi uma posição de JBS, da ordem de R$ 2 bilhões, em fevereiro. Em breve, inclusive, é aguardado um novo leilão (block trade) da companhia de proteína da família Batista.

Em 2020, o banco vendeu mais R$ 45 bilhões em ações — em operações concentradas em Petrobras, Suzano e Vale. No ano passado, mais R$ 16 bilhões foram alienados. No total, o desinvestimento, via vendas em bolsa (seja oferta pública ou block trade), já supera R$ 62 bilhões.

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