A startup de educação corporativa Bossa.etc acaba de fechar um acordo com a Bertelsmann para adquirir o controle da AfferoLab. O grupo alemão, que recentemente comprou o controle da brasileira Afya, tinha participação majoritária na edtech. O valor da transação não foi divulgado, mas a previsão é que a combinação das edtechs resulte num faturamento anual de R$ 100 milhões.

A Bossa.etc foi fundada em setembro de 2020, quando o grupo Blue Management Institute (BMI) comprou a Be, também de educação corporativa, empresa fundada por Daniella Russo e Alessandra Lotufo em 2018. Juntos, decidiram criar uma nova marca que focasse em soft skills, negócios, inovação e gestão de pessoas mas com mais tecnologia, desenhando jornadas de aprendizado e, principalmente, com entretenimento.

“Na Bossa, um dos diferenciais é a força da tecnologia para distribuição em larga escala desse conteúdo mas com uma forma de aprendizado leve”, diz Russo.

A AfferoLab atua com alguns serviços que ainda não tinham sido explorados pela Bossa.etc, como outsourcing de treinamento corporativo. A ideia é que as duas marcas continuem trabalhando de maneira independente e que dentro de cinco anos a AfferoLab seja totalmente incorporada à Bossa.etc.

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Bossa.etc compra fatia da Bertelsmann

Por meio do uso de algoritmos, modelos preditivos e computação em nuvem, a Bossa.etc se posiciona como uma “content tech”, que elabora projetos customizados para grandes empresas, nacionais ou estrangeiras – como Bradesco, Itaú, Santander, KPMG, BRF e Raia Drogasil.

Virou case na edtech o Universo Ipiranga, projeto criado em 2020 em parceria com o Grupo Ipiranga para criar um ecossistema de aprendizagem voltado à educação institucional de temas como cultura e diversidade, gestão e negócio. A trilha de aprendizagem, software e conteúdo foram pensados pela startup, que também faz a manutenção do sistema por um um ano após conclusão.

Projetos especiais, como o da Ipiranga, têm um ticket médio que vai de R$ 500 mil e pode chegar a R$ 5 milhões. A empresa também tem contratos anuais com núcleos dedicados para atender a necessidade de cada empresa com entregas mensais, em que o custo pode ser de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões por ano. A empresa atende cerca de 350 empresas todo ano nessas duas modalidades.

Mas a maior parte do seu faturamento vem mesmo é dos serviços de streaming personalizados. Nesse caso, cada empresa tem acesso a uma plataforma e conteúdos próprios, em que pagam entre R$ 0,20 e R$ 20 por usuário por mês. São mais de 300 horas de conteúdos prontos disponibilizados para empresas como Totvs e Claro, sendo mais de 200 mil assinantes.. … leia mais em Pipeline 01/04/2022