Em um ano de grandes rupturas, o mercado mundial de private equity saiu ileso. O relatório “Global Private Equity Report”, da Bain & Company aponta que, apesar da desaceleração no início da pandemia, o setor retomou seu equilíbrio após o terceiro trimestre e fechou 2020 com crescimento de 8% em comparação aos níveis do ano anterior.

O Brasil permanece como a região mais relevante para investimentos na América Latina, concentrando 78% dos negócios, que totalizaram US$ 7 bilhões em 2020. Historicamente, o mercado movimenta de US$10 a US$13 bilhões anualmente. Entre os setores de maior destaque estão os de finanças, tecnologia, infraestrutura, seguido por varejo e bens de consumo, além do crescimento de empresas na área da saúde.

Brasil concentrou 78% dos negócios de private equity na AL em 2020

Private Equity

Com base na forte atividade global no início de 2021, a demanda reprimida provavelmente terá um impacto positivo no mercado, com os indicadores sugerindo que os fundos continuarão em busca de negócios nos setores menos afetados pela crise da Covid-19. Os dados coletados de janeiro e fevereiro apontam um resultado 60% maior do que a média dos primeiros dois meses dos últimos cinco anos.

Empresas de aquisição de propósito específico (SPACs) explodiram no cenário financeiro em 2020, levantando US$ 83 bilhões em capital novo, principalmente nos EUA, mais de seis vezes o anterior recorde estabelecido apenas um ano antes.

“A rápida recuperação do setor não é surpreendente. As recessões normalmente oferecem aos fundos de Private Equity uma oportunidade relativamente tranquila para encontrar ativos em dificuldades e retomar o ciclo”, conta André Castellini, sócio da Bain & Company.

O levantamento aponta ainda que os principais fundos cresceram ao longo dos últimos anos, com destaque para o Softbank, que captou US$ 5 bilhões em 2019 para o seu fundo de inovação… leia mais em 1bilhao 18/03/2021