O mercado de venture capital está bastante aquecido no Brasil. Até o fim de maio de 2021, foram investidos US$ 3,2 bilhões nas startups brasileiras, segundo relatório da empresa de inovação Distrito, que mapeia o setor. A Grão, braço de um family office, reforça esse dado: a venture capital (VC) já investiu em seis empresas estreantes de diferentes indústrias e setores no país neste primeiro semestre e a previsão é chegar a 10 até o fim do ano.

“Hoje, a Grão, que foi fundada em 2016, conta com 21 companhias iniciantes seu portfólio e o objetivo é dobrar de tamanho nos próximos dois anos. E o nosso modelo de negócio permite isso: não somos um fundo de investimento tradicional, que tem algumas obrigatoriedades na hora investir. Somos flexíveis, uma VC que tem a liberdade de aplicar quando for estratégico e necessário”, comenta João Pedro Solano, fundador da Grão.

A venture capital se conecta aos negócios, investe, com cheques que podem variar de 250 mil a 2,5 milhões de reais em rodadas de investimento pré-seed, seed e série A, e faz acompanhamento in loco após injeção de capital. A empresa tem uma equipe dedicada em acelerar a conquista das companhias jovens, por meio de mentoria e de sua ampla rede de contatos, dar suporte na aquisição de clientes, apoiar na busca por talentos, entre outros.

A Grão, que é braço de um family office, também investe em fundos de venture capital que operam em mercados no Brasil e no mundo para expandir o seu networking e, consequentemente, facilitar o acesso a investimentos maiores para os seus empreendedores. “Quando for necessário um investimento robusto, os fundos do exterior poderão dar esse auxílio”, enfatiza Solano.

Entre as diversas startups que receberam investimentos da Grão, neste primeiro semestre, está a Tabas, empresa brasileira que aluga apartamentos residenciais, reforma e subloca todo equipado, por um mês ou mais. “A Tabas nasceu na pandemia, em março de 2020, e está indo super bem, preparando-se para a série A”, destaca o fundador.Normalmente, a Grão investe somente em companhias no Brasil. Porém, neste primeiro semestre de 2021, também investiu em uma startup dos Estados Unidos, a Bizbox, de um brasileiro que acabou de terminar o MBA em Harvard. A empresa é focada em digitalizar e aumentar a eficiência na gestão de serviços prestados por imigrantes latinos, como limpeza, pintura, jardinagem, entre outros. Trabalhos que, muitas vezes, são assumidos por imigrantes brasileiros.

“Existimos para nutrir projetos que transformam”, reforça Solano. Hoje, com toda a sua equipe o fundador segue com a proposta de agregar valor às startups e com um modelo de negócio que não é um fundo e, por isso, não tem prazo para desinvestir. Consequentemente, há um alinhamento de longo prazo para os empreendedores… Leia mais em tiinside 30/07/2021