Depois da tentativa frustrada de uma oferta das ações preferenciais da Braskem e com o mercado global fechado e sacudido por uma guerra, a controladora Novonor e seus bancos credores voltaram a conversar sobre a venda do controle da petroquímica. A lista de interessados que acenaram para esse diálogo começa com o fundo de private equity Apollo, que carrega o sucesso da formação da Lyondell Basell em seu histórico. Mas tem também J&F, holding da família Batista, a pequena Unipar, de Frank Geyer, e mais recentemente o grupo Ultra, após uma tímida sondagem.

Apesar da ansiedade dos investidores ser significativa, não há até o momento nenhuma proposta na mesa com valores estabelecidos. Nada, nadinha de nada. A expectativa é que elas comecem a chegar nas próximas semanas. Assim, no mês que vem, a Novonor e os credores poderiam ter uma clareza maior sobre quais conversas teriam potencial de avançar realmente.

A companhia está avaliada perto de R$ 35 bilhões na B3, com as ações pouco acima de R$ 43. No segundo semestre do ano passado, o papel chegou a ultrapassar R$ 70 (em um único pregão, é verdade) e a petroquímica valia, então, ao redor de R$ 55 bilhões. Pouco antes dessa máxima, quase não havia interessados pelo controle da Braskem e quem apareceu no processo formal de venda tentou coisas diversas como aquisição parcial de ativos. As propostas? Das poucas por toda empresa, teve até R$ 39 por ação.

Mas foi justamente a queda recente dos papéis na bolsa para patamares entre R$ 40 e R$ 45 que abriu espaço para uma nova conversa sobre controle. Até então, os valores eram considerados salgados demais. Os controladores da Braskem estão bastante cientes disso.

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É por essa razão que, apesar de uma disposição para buscar prêmio em uma eventual negociação, a essa altura já estão todos esclarecidos que dificilmente algo diferente desse intervalo será alcançado. Especialmente porque a petroquímica carrega l… saiba mais em Exame 15/04/2022