A Brasol, investida de um fundo da BlackRock e da Siemens, fechou acordo para aquisição de parques solares da comercializadora BC Energia voltados para geração solar distribuída. No primeiro momento, a parceria vai envolver o controle de 13 projetos fotovoltaicos em desenvolvimento nos estados de São Paulo, Goiás, Tocantins e Distrito Federal, com capacidade de geração de 60 MW e que devem demandar investimentos de R$ 250 milhões.

O plano é adquirir, ao todo, 35 projetos de usinas solares, concluindo a compra da fatia remanescente nos 13 projetos e levando outros 22 ativos até o fim do ano que vem, alguns deles já operacionais, somando capacidade de 150 MW. Segundo Ty Eldridge, CEO da Brasol, as aquisições devem demandar investimentos de R$ 800 milhões.

Hoje a BC Energia conta com 67 usinas fotovoltaicas operacionais, com capacidade de geração de 50 MW e tem mais 65 em construção, que devem adicionar mais 55 MW.

A Brasol vai dar prioridade no uso de capital para terminar os projetos que ainda estão em desenvolvimento e depois avançar para outros. O primeiro pacote de ativos já tem licença ambiental e foi registrado antes da mudança de tributação no marco legal da geração distribuída – o marco estabeleceu que os projetos solicitados após janeiro de 2023 passariam a ser tributados com aumento gradual da alíquota até 2029.

Após a conclusão desses 13 projetos, a Brasol pode exercer uma opção de compra da participação minoritária que ficou com a BC Energia nas usinas . A companhia quer comprar as usinas para alugá-las de volta à BC Energia por meio de uma operação de sale and leaseback, em que a BC fica responsável pela operação de comercialização de energia com os consumidores. “Os projetos da primeira fase já têm uma base de clientes contratados”, diz Eldridge.

A Brasol foi criada em 2017 por Eldridge e mais dois executivos com experiência em geração solar no exterior, como uma empresa com foco em projetos de transição energética. Além da geração de energia por meio de usinas solares, a empresa oferece estações de carregamento para veículos elétricos. Em 2020, o fundo de participações da Siemens comprou 49% da empresa brasileira e hoje detém uma fatia de cerca de 35%. Em outubro de 2023, a BlackRock adquiriu uma participação de 45% na companhia por meio de um fundo de energia renovável, o Climate Finance Partnership… leia mais em Pipeline 15/08/2024