As chances de alguma oferta inicial de ações decolar neste meio de ano foram por água abaixo semana passada. A forte volatilidade nos mercados, doméstico e internacional, fez a BRK Ambiental cancelar sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), de acordo com fontes. A oferta poderia movimentar R$ 2 bilhões e ser uma das raras no Brasil este ano. Pouco antes, a Corsan, estatal de saneamento do Rio Grande do Sul, havia feito o mesmo movimento. Banqueiros de investimento acham que esse tipo de operação só deve voltar em 2023.

Após a Eletrobras conseguir captar R$ 33 bilhões em junho, em uma das maiores ofertas de ações do mundo este ano, havia a expectativa de que empresas mais tradicionais, com fluxos de caixa previsível, como é o setor de energia e saneamento, conseguissem fazer um IPO. Mas o clima azedo do mercado não deixou. Segundo uma fonte de um banco, “não há chance de IPO nesse ambiente”. Para ele, “talvez” no começo de 2023 a janela se reabra, se houver maior clareza sobre a inflação mundial e os rumos da política monetária dos principais bancos centrais – Federal Reserve e Banco Central Europeu.

BRK E Corsan saem da fila

Seca de IPOs deve completar um ano

Os dois últimos IPOs no Brasil foram em agosto de 2021, quando a Raízen e a Oncoclínicas estrearam na B3. Seca como essa, só foi vista em 2015 e 2016, anos da crise política que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff.

A BRK pertence à canadense Brookfield, dona de uma fatia 70% por meio de um fundo, e à Caixa Econômica Federal, que tem os ….. leia mais em Estadão 19/07/2022