O BTG negocia a compra da Vita Hemoterapia, rede de ambulatórios especializada em banco de sangue e terapia celular, em parceria com a Dasa. O negócio envolve o aporte de até R$ 540 milhões a ser feito pelo BTG no Grupo Vita, controlador da Vita Hemoterapia e investida pela Crescera Capital, que foi criada pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes.

A Vita está presente em 10 Estados, com 12 unidades para doação de sangue, três de terapia celular e um laboratório. O BTG entrará como sócio e a Dasa garantirá a demanda pelos serviços prestados pela empresa, com contratos de longo prazo. A ideia seria montar o maior banco de sangue do Brasil, após a incorporação de outra rede da mesma área, com sede em São Paulo, como subsidiária da Vita Hemoterapia.

Na transação, o BTG disponibilizaria R$ 140 milhões ao Vita, por meio de um empréstimo-ponte, que se tornaria debêntures conversíveis em ações a serem transferidas para a Dasa, como pagamento do contrato para ter acesso à rede de clientes da empresa de saúde. O restante dos recursos entraria por meio de bônus de subscrição, um título de dívida que dá direito a ter ações da empresa. Nenhum acionista atual da Vita, que inclui a Crescera e o fundo FIP Biotec, da FIR Capital, deverá vender sua participação.

BTG negocia aquisição da Vita Hemoterapia em parceria com Dasa

Negócio daria fôlego ao grupo Dasa

O negócio representaria um alívio à Dasa, que recentemente captou quase R$ 1,7 bilhão em uma emissão secundária de ações (follow-on). Nessa operação, o BTG entrou com R$ 500 milhões. O follow-on, porém, teve menos demanda do que a realizada pela concorrente Hapvida dias antes… leia mais em Estadão 04/05/2023