A Caixa Seguridade tem mantido contatos com interessados em seu IPO. A meta é mostrar diferenças com a Petrobrás em seu negócio.

A Caixa Seguridade iniciou encontros preliminares com potenciais interessados em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A expectativa é atrair investidores institucionais, mas também os de varejo, em função do grande fluxo de pessoas físicas na Bolsa recentemente.

Agência da caixa

A estimativa é que o pequeno investidor possa representar até 40% da operação. Em paralelo, a Caixa Seguridade deve receber, ainda nesta semana, sinalizações quanto a seu valor de mercado, na opinião de analistas ‘sell side’. São eles os responsáveis por recomendarem as ações de empresas listadas na Bolsa aos investidores. A quantidade de reuniões pedidas com a Caixa Seguridade está elevada â e serve de termômetro para o interesse do mercado no lançamento de ações.

» Valores. A Caixa Econômica Federal, que controla a Caixa Seguridade, quer vender até 30% da companhia nesta terceira tentativa de IPO. Da última vez, em 2020, a operação era estimada em R$ 15 bilhões e o objetivo do banco público era que seu valor de mercado ficasse entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões.

» Telhado de vidro. O preço das ações, porém, pode sofrer após o ‘evento Petrobrás’ â da intervenção na petroleira, com troca do comando pelo presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, o presidente da Caixa Seguridade, Eduardo Dacache, teria sido indicado para comandar o Banco do Brasil no lugar de André Brandão, que sofreu pressão do governo após decidir fechar agências. A troca de cadeiras não avançou.

» Uma coisa é uma coisa… Por sua vez, a Caixa Seguridade quer mostrar aos investidores que seu negócio é diferente do da Petrobrás. Afinal, por ser uma seguradora, seus produtos têm menores implicações para o País do que os da petroleira. Procurada, a Caixa não comentou. Referência: Estado de São Paulo  Coluna Broadcast Leia mais em capitólio 18/03/2021