Um mês depois de comprar a Carta Fabril, de papéis de higiene, o grupo chileno CMPC acertou mais uma aquisição no Brasil, entrando agora no mercado local de embalagens. Por cerca de R$ 946 milhões, a CMPC S.A. acertou a compra de ativos da Iguaçu Celulose Papel, segunda maior fornecedora de sacos industriais no país.

A transação inclui ativos de celulose, papéis e sacos de papel no Paraná e em Santa Catarina, além de florestas de pinus, e está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A expectativa, segundo a CMPC, é que o negócio seja consumado em 90 dias. O valor acordado inclui dívidas.

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Conforme fato relevante encaminhado à Comisión para el Mercado Financiero (CMF), que regula o mercado de capitais no Chile, a CMPC informou que o acordo contempla três fábricas com capacidade produtiva anual de 105 mil toneladas de celulose, 120 mil toneladas de sack kraft e 21 mil toneladas de papéis especiais, além de linhas de conversão com capacidade de 500 milhões de sacos de papel por ano.

Uma área de plantio de pinus, com aproximadamente 1,9 milhão de metros cúbicos, também faz parte do pacote de ativos que será comprado.

No Brasil, a CMPC já estava presente com produção própria de celulose de eucalipto, com uma fábrica de Guaíba (RS), e florestas. Além disso, por meio da Softys, se consolidou como a maior fabricante local de papel higiênico.

Funcionários

Os funcionários das três fábricas da Iguaçu Celulose Papel serão transferidos para CMPC, com manutenção dos empregos atuais, segundo comunicado corporativo da companhia brasileira ao qual o Valor teve acesso.

No documento, o presidente do conselho de administração da Iguaçu, Paulo Roberto Pizani, afirma que a negociação trouxe conforto à empresa diante da “confirmação de que todos os nossos colaboradores serão transferidos para a nova empresa que será criada, exercendo as mesmas funções que …Saiba mais em valoreconomico.08/12/2021