As startups e as fintechs estão ampliando o uso de stock option (SOP), ou seja, a oportunidade de ter ações da companhia e receber dividendos, como ferramenta de atração e retenção de funcionários. O motivo é simples. As novatas deixaram de ser as queridinhas dos investidores e viram seu valor derreter. Para várias, o ano desafiador significou uso de caixa próprio para manter planos de expansão e seguirem vivas.

Segundo a sócia do BZCP Bronstein Zilberberg Chueiri e Potenza, Evelyn Rollo, os empregados acabam comprando a ideia do stock option “por acreditarem que estamos em um momento de crise, mas que as coisas melhorarão em um futuro próximo.” Especializado em atender a esse tipo de empresa, o escritório de advocacia fez, no último ano e meio, mais de 80 programas de incentivo de longo prazo para seus clientes, a maioria SOP.

Com pouco caixa startups intensificam uso de 'stock option'

Demanda por instrumento é crescente

A demanda é crescente, afirma ela, uma vez que as empresas estão com dificuldades em levantar investimento e não têm caixa suficiente para rodar suas operações e pagar altos salários.

As ações das empresas de tecnologia vêm caindo nas bolsas do exterior e brasileira desde o início deste ano, com a perspectiva de alta do juro global e a guerra na Ucrânia colocando por terra suas teses de expansão. A bolsa norte-americana Nasdaq, por exemplo, fechou na segunda-feira em seu menor patamar desde 2020. Na B3, ações de tecnologia amargam perdas de mais de 50%.

Na B3, ações de tecnologia amargam perdas de mais de 50%. Muitas startups e fintechs captaram recursos mesmo gerando prejuízo e sem previsibilidade de receitas, a partir de apostas no crescimento dos … leia mais em Estadão 12/10/2022