A brasileira Zenvia, de tecnologia, traçou um plano de crescimento orgânico parrudo para os próximos anos após concluir sua décima aquisição neste ano. Com suporte da chinesa Tencent, dona do gigante aplicativo de mensagens WeChat, a meta da empresa fundada no Rio Grande do Sul é expandir suas receitas anuais em 30% até 2025, com impulso, principalmente, do negócio de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês), baseado na nuvem.

Um ano após levantar R$ 1 bilhão em sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), a Zenvia conseguiu tocar somente hoje o sino na Nasdaq, berço da tecnologia nos Estados Unidos. Um dos momentos mais aguardados das empresas que listam ações, a cerimônia foi adiada por conta da pandemia. “A emoção é diferente de fazer pelo Zoom e presencial”, resume o fundador e presidente da Zenvia, o gaúcho Cássio Bobsin, em entrevista ao Broadcast.

A celebração e os planos de crescimento contrastam com o desempenho das ações da empresa na Nasdaq. Afetada pelo movimento de baixa que atingiu o setor de tecnologia em meio à subida de juros nos países desenvolvidos, em especial nos EUA, a gaúcha enfrenta uma queda de mais de 80% na Nasdaq desde que colocou os pés lá, em julho do ano passado. De US$ 13 no IPO, os papéis abriram hoje a US$ 2,46.

Estamos executando o plano proposto aos investidores, focado em aquisições, crescimento bastante intenso de receita e expansão internacional”, afirma Bobsin. “Agora, o mercado tem a sua própria dinâmica e o cenário macroeconômico impacta. Faz parte”, diz, referindo-se ao mau desempenho das ações na Nasdaq.

Um ano após o IPO, a Zenvia organizou o primeiro encontro com investidores internacionais, o chamado Investor Day, em Nova York. Com a chancela de um nome de peso como o da chinesa Tencent, a empresa abriu suas metas para os próximos anos, cujo foco é crescer, principalmente, de forma orgânica e no Brasil, embora novas aquisições não sejam descartadas.

Planos de expansão.. leia mais em estadão  27/07/2022