As sócias Mitsui e Compass, subsidiária do grupo Cosan, desentenderam-se sobre a estratégia de cindir ativos do nordeste da Commit Gás, antiga Gaspetro, o que aceleraria o processo de desinvestimento de seis concessionárias na região, afirmaram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

A Compass possuía o interesse em cindir o grupo e separar os ativos do centro-sul do país, onde há seis concessionárias operacionais, das do Nordeste, onde as empresas ainda estão em fase de desenvolvimento. A Mitsui, contudo, afirmou que ainda não definiu seu plano estratégico e que, por isso, não iria tomar uma decisão neste sentido no momento.

O impasse atrapalha os planos tanto da Compass, quanto da Cosan, que busca desinvestir nessas empresas rapidamente de forma a receber os recursos das vendas e desalavancar seus balanços. Segundo as fontes, a resistência da Mitsui adiciona relevante grau de incerteza nessa estratégia.

Compass e Mitsui se desentendem em cisão

Todos esses ativos de distribuição de gás foram absorvidos após a compra da Gaspetro, da Petrobras, em julho de 2021. As concessionárias do Norte e outras no Nordeste e Centro-Oeste que possuíam cláusulas de preferência de compra pelos respectivos estados já foram entregues. Por estes ativos, a Commit recebeu cerca de R$900 milhões.

Em teleconferência de 15 de agosto, ao comentar os resultados da Cosan no segundo trimestre, Luís Henrique Guimarães, presidente-executivo da companhia, afirmou a companhia tinha “em torno de R$900 milhões para serem arrecadados” e que isso, “obviamente vai desalavancar o balanço da Compass e consequentemente o da Cosan”.. leia mais em TC 24/11/2022