Em alguma tarde calorenta dos anos 90, Maria de Freitas pegou uma receita antiga de sua avó e começou a vender uma bala de mel numa pequena casinha no interior de São Paulo.

Laerte Casoni entrou na loja – e foi amor à primeira vista. Dois meses depois, o casal já esperava seu primeiro filho.

Foi desse encontro casual que nasceu a Flormel, que ao longo de 35 anos se consolidou como a principal fabricante de doces sem açúcar do Brasil.

A marca está presente em mais de 20 mil pontos de venda — do Pão de Açúcar à Raia, da Americanas ao Carrefour — e faturou R$ 75 milhões ano passado. No canal farma, a Flormel é quase uma unanimidade: seu market share em doces passa de 80% nas lojas em que ela está.

A Flormel passou os primeiros 30 anos crescendo apenas com o sangue, suor e lágrimas dos fundadores. Três anos atrás, ela decidiu levantar capital pela primeira vez, vendendo 16% da empresa para a Unbox Capital, a gestora de venture capital da família Trajano.

Conheça a Flormel

“Queríamos fazer um trabalho mais arrojado de posicionamento de marca e ampliar a nossa distribuição,” Alexandra Casoni, a CEO e filha dos fundadores, disse ao Brazil Journal.

Este ano, a receita deve subir para R$ 91 milhões e saltar para R$ 115 milhões em 2023.

A fórmula do sucesso: doces saudáveis e sem nenhuma adição de açúcar, mas que ainda assim continuam saborosos (algo raro de se encontrar). Para manter o sabor, a Flormel usa um adoçante natural chamado taumatina, extraído de uma fruta africana, a Katenfe. (A taumatina adoça três vezes mais que o açúcar, mas não aumenta o nível de glicemia.)

Tudo na Flormel corria como planejado — até que veio a pandemia.

Em 2020, um ano depois do aporte da Unbox, a receita da Flormel caiu cerca de 10% para R$ 72 milhões, e ela viu pela primeira vez seu EBITDA ficar negativo.

A pandemia atrapalhou bastante. 35% dos nossos clientes fecharam as portas, o que gerou um impacto muito grande no volume de vendas,” disse a CEO. “Ao mesmo tempo, a gente tentou reter a estrutura, o que fez a margem despencar.”

Agora, o EBITDA já voltou para o positivo, e a Flormel está se preparando para voltar a crescer. ….. leia mais em Brazil Journal 05/09/2022