Os pais e mães de pet aumentam a cada dia no Brasil e o setor não para de crescer. Segundo estimativa do Instituto Pet Brasil, o último ano fechou com um faturamento de R$50 bilhões, apresentando um crescimento de 30% em dois anos. As fusões e aquisições neste mercado acompanham o crescimento. Uma prova disso é a aquisição milionária da Zee.Dog pela Petz, anunciada em agostodo último ano. E a alta pulverização do setor indica que não vai parar por aí.

Willian May, sócio da L6 Capital Partners, assessoria especializada em Fusões e Aquisições, explica que apenas 10% desse mercado está nas mãos de grandes empresas. “O restante são pequenos e médios negócios espalhados pelo Brasil. Hoje somos um dos maiores países no mercado PET no mundo. No entanto, apenas a Petz (PETZ3) está registrada em bolsa. É um mercado muito pulverizado, com espaço enorme para consolidação”, analisa May.

Porém, os desafios são muitos. Willian explica que a alta informalização do mercado, que é formado em boa parte por empresas familiares, pode trazer problemas na hora de fechar um negócio. “Um deal com uma grande empresa exige organização e profissionalização. Um fundo de investimento responde a diversos investidores, com compliance e governança, e dá preferência às empresas que estão bem estruturadas. É o momento de se organizar e aproveitar as oportunidades”, indica.

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Sobre o crescimento do setor, a pandemia de Covid-19 pode ter acelerado o fenômeno. Segundo estimativa do Radar Pet, houve um aumento de 30% do total de animais de estimação no Brasil em 2021. “Esse mercado já vinha apresentando uma taxa de crescimento anual composta (CARG) média de 20%. Na pandemia, o isolamento social motivou as pessoas a buscarem companhia nos animais de estimação e o home office também facilitou os cuidados com os animais em casa. Isso gerou um aumento ainda maior e a tendência é continuar nos próximos anos”, garante o assessor de M&A.

May também explica que hoje 50% do faturamento vem do Pet food, mas a tendência é que outros nichos como saúde, reabilitação animal e outras tecnologias pet passem a ser explorados. “São quase 50 milhões de domicílios contendo um pet, que hoje é visto como um filho. Isso puxa o mercado, o consumo, a criação de novas tecnologias e soluções. Tem cachorro que tem escolinha, acupuntura, fisioterapia, plano de saúde, babá, passeador e até nutricionista. Nos EUA já criaram canal de TV para cachorros e gatos. Não é à toa que toda semana acontece um M&A no setor”, finaliza o especialista.

Com informações da Edbcomunicacao