A ação da Dasa continua flertando com suas mínimas históricas apesar da recente melhora do mercado, com os investidores dizendo que a tese de ecossistema do CEO Pedro Bueno ainda não se provou, e assustados com o colapso das margens no quarto tri.|

Mas dentro da Dasa, o management continua confiante – e está tomando iniciativas que devem render frutos em breve.

Depois de ver a margem EBITDA despencar de 21% para 12% no quarto tri – com o EBITDA muito abaixo do esperado – o CEO Pedro Bueno disse ao Brazil Journal que espera que a rentabilidade retome a um patamar próximo do nível anterior no curto prazo.

“Entramos no primeiro tri com outro patamar de rentabilidade. Vários itens pontuais que aconteceram no quarto tri – um outubro muito fraco, rescisões e outras baixas contábeis – ficaram para trás e tivemos um avanço importante na integração dos hospitais,” disse Bueno, acrescentando que “o foco da empresa para este ano é eficiência e ganho de rentabilidade.”

A aquisição do Grupo Leforte, por exemplo – que custou R$ 1,77 bi à companhia – teve seu closing entre o terceiro e o quarto tri, o que significa que a Dasa ainda está no início do trabalho de captura de sinergias. Uma apresentação da empresa a investidores mostra um ganho potencial de margem EBITDA de até 12 pontos percentuais nos hospitais adquiridos que chegam ao grupo com margem fraca. Este ganho inclui apenas as duas primeiras fases da integração – as sinergias de custo e a expansão dos serviços oferecidos – e não considera ganhos de potenciais expansões brownfield.

DASA

A Dasa também está fazendo avanços significativos num dos seus negócios de maior crescimento: a oncologia.

A empresa acaba de contratar Gustavo Fernandes como head da Dasa Oncologia. Uma das maiores referências nesta especialidade no Brasil, Gustavo já presidiu a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, comandou a oncologia do Sírio-Libanês em Brasília e foi diretor geral do hospital.

Pela primeira vez, a Dasa abriu o faturamento pro forma de seu negócio de oncologia, que ficou em R$ 840 milhões no ano passado, o que a posiciona como o terceiro player do setor, atrás da Oncoclínicas e da Rede D’Or. E o número ainda está aquém do potencial.

“Começamos a colocar foco na oncologia em meados de 2020, e ali, no meio da pandemia, os pacientes oncológicos sumiram. Até 80% dos pacientes com risco oncológico deixaram de fazer os exames,” disse Emerson Gasparetto, o CEO do negócio de hospitais da Dasa. “Agora, já está começando a voltar.”

A Dasa teve uma receita bruta pro forma (incluindo os M&As) de R$ 13 bi no ano passado, com cerca de metade vindo do segmento de hospitais e oncologia e a outra metade de cuidados ambulatoriais e diagnósticos…..by Geraldo Samor  Leia mais em Brazil Journal 11/04/2022