Um imperativo no mercado de startups, o desejo de encontrar as melhores oportunidades de investimento desperta a atenção para as tendências mais proeminentes ligadas a tecnologias em ascensão. De olho nisso — e no potencial financeiro de alguns segmentos — o fundo de venture capital Bossanova Investimentos acaba de criar uma vertical totalmente dedicada à análise e investimentos em startups ligadas ao mercado de games.

Um novo comitê, chamado de Bossa Game Labs, tem como objetivo encontrar e investir em empresas do segmento, com um adicional de capacitação a empreendedores do setor e empresas em estágios iniciais. A projeção é investir e mentorar pelo menos 10 empresas nos próximos três anos.

Por que a Bossanova vai investir no mercado de games

A abertura do leque para empresas do setor é uma novidade para a Bossanova, que desde 2011 não incluía em sua tese negócios com soluções destinadas exclusivamente ao mercado de games, ao governo, a lojas de e-commerce ou que necessitassem de investimento em hardware.

Em 2021, o mercado global de jogos eletrônicos movimentou cerca de US$ 180 bilhões, segundo a consultoria Newzoo. No Brasil, o total foi de US$ 2,3 bilhões. Em ritmo acelerado, o setor cresce algo como 8,5% globalmente, e 9% no Brasil.

Os grandes números chamaram a atenção da Bossanova, que tratou de não dispensar o potencial do segmento ao passar a aceitar empresas do setor no portfólio e também atrair investidores já interessados nesse universo.

De olho em mercado bilionário Bossanova cria comitê

Segundo Antonio Patrus, diretor da Bossanova, a percepção de que há potencial nesta vertical já vem de longa data. Faltava ao fundo, porém, um parceiro estratégico para pivotar essa análise mais azeitada de empresas de games. “Agora com um líder adequado, trazemos um mercado de alto potencial de forma eficiente e com oportunidades de coinvestir em empresas verdadeiramente promissoras”, diz.

“Não podíamos ignorar que os números positivos registrados nos últimos anos e a tendência cada vez maior de crescimento são consequências da evolução e da diversificação do mercado de games, tanto no Brasil como no mundo. Nos deparamos com um novo cenário e tomamos uma decisão baseada em dados”, afirma João Kepler, CEO e fundador da Bossanova.

Como vai funcionar o comitê de games da Bossanova

A intenção do fundo é investir em até 20 startups nos próximos três anos. Os cheques devem variar de R$100 mil a R$300 mil, podendo chegar a R$ 5 milhões.

“Somos o quinto maior consumidor de games do mundo, mas só o 12º em faturamento…. leia mais em Exame 07/09/2022