Principal novidade do mercado de capitais em anos, as Special Purpose Acquisition Companies (SPACs), popularmente conhecidas como empresas de cheque em branco, dominaram as manchetes dos noticiários econômicos nos últimos dois anos.

Ao captarem recursos no mercado de capitais para fazerem aquisições, esses veículos abriram para investidores a possibilidade de investirem em companhias novas com perspectiva de crescimento acelerado, passando por cima da tradicional burocracia que envolve uma abertura de capital.

A promessa, porém, começou a mostrar as suas falhas, com muitas das companhias que chegaram ao mercado via SPACs nos últimos anos começando a sinalizar que não são economicamente sustentáveis.

Levantamento da consultoria Audit Analytics, obtido pelo jornal The Wall Street Journal (WSJ), revela que auditorias feitas em ao menos 25 empresas que se fundiram com SPACs entre 2020 e 2021 sinalizaram “dúvidas significativas” em relação às suas operações.

Segundo o WSJ, uma empresa que pretende montar uma rede de táxi aéreo, diversas que atuam com carros elétricos e uma companhia de aluguel de patinetes elétricos estão entre aquelas que os auditores avaliaram que terão dificuldades operacionais nos próximos 12 meses. O nome das companhias não foi revelado.

A quantidade de empresas cujas auditorias têm esse alerta representa 10% das 232 companhias que se uniram a SPACs nos últimos dois anos, segundo a Audit Analytics. É quase o dobro do registrado entre empresas que realizam IPOs tradicionais…. saiba mais em NeoFeed 27/05/2022