Cinco anos após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetar sua fusão com a Kroton, a dona da Estácio entende que já há espaço para nova tentativa de combinação de negócios entre grupos educacionais listados em Bolsa.

Quem diz é Eduardo Parente, presidente da YDUQS, que também é dona do Ibmec desde 2019. Segundo o executivo, o grupo “gostaria” de fazer uma fusão com concorrentes e tem conversas sobre o assunto “toda semana”.

— Todos os dias a gente olha, e gostaríamos de fazer. Achamos que tem muito valor no mercado, tanto para a gente como para nossos concorrentes. Tem que achar a situação correta. Fazer por fazer não tem sentido… — disse o executivo, que também é professor e aluno dos cursos oferecidos pelo grupo.

Parente falou com a coluna por uma hora e meia na sede da YDUQS, no Rio, abordando assuntos como a temática ESG e a aposta no ensino à distância e nos cursos de medicina.

Leia abaixo alguns trechos da conversa, em versão condensada e editada:

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Então há espaço para aquisições?

A alta dos juros deu uma freada muito grande, é muito difícil se alavancar para comprar alguém. E a Bolsa está lá embaixo. Mas, no caso de fusão, você pega dois caras com ação deprimida e é mais fácil de fazer. As empresas abertas estão valendo muito menos do que as fechadas acham que valem.

Mas há espaço regulatório para fusão?

Sim, o setor é muito pouco concentrado. Só 30% do presencial estão na mão dos quatro grupos na Bolsa.saiba mais em o Globo 09/07/2022