O setor de educação registrou 19 do operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 72,7% em comparação com o mesmo período ano anterior, quando foram registradas 11 transações. Os dados constam na pesquisa da KPMG realizada trimestralmente com 43 setores da economia brasileira. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira.

Entre os grandes players do setor de educação, o destaque é a Cogna, maior grupo de ensino privado do país. A empresa é a maior compradora em número de transações dos últimos 10 anos, com 15 negócios concluídos. Este ano, a Cogna fez uma operação com a Eleva no valor de R$ 580 milhões, operação envolvendo o ensino básico.

Segundo a pesquisa da KPMG, dentre as operações dos três primeiros meses deste ano, 14 delas foram realizadas entre empresas brasileiras e outras cinco envolveram companhias estrangeiras.

“Esse crescimento no setor indica a retomada gradual das empresas de educação que começou em 2021 com os avanços da vacinação no Brasil, porém com crescimento muito acelerado no primeiro trimestre de 2022. Outro ponto relevante é o aumento das operações envolvendo capital estrangeiro no trimestre indicando o potencial da educação brasileira frente as transações de fusões e aquisições”, analisa o sócio de educação da KPMG, Marcos Boscolo.

Educação puxa alta

Alta

A pesquisa da KPMG, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira, também revelou que o número de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano aumentou quase 50% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2022 foram 553, contra 375 negociadas em 2021. Em todo o ano passado, foram realizadas 1.963 operações.

“A pesquisa mostra que os processos de fusões e aquisições de empresas brasileiras continuam bastante aquecidos tanto para transações domésticas como para transações de empresas estrangeiras fazendo aquisições no Brasil. Esses números são bastante animadores para o ano apesar dos desafios que ainda se apresentam no contexto econômico local e internacional”, analisa o sócio da KPMG, Luís Motta.

Sobre os setores que mais fizeram transações, empresas de internet continuam liderando com 242, seguidas por tecnologia da informação com 83, e prestadoras de serviços com 35. Outros segmentos que se destacaram foram instituições financeiras com 26, telecomunicação e mídia com 20, hospitais e clínicas com 16, seguros com 13, e transporte com 12.

Balanço de 2021

O setor de educação fechou 2021 com 52 operações de fusões e aquisições, um aumento de 93% ao ano anterior. O volume de transações foi muito próximo à melhor marca histórica alcançada em 2008 quando foram fechados 53 negócios. Essas são as principais conclusões de uma pesquisa realizada trimestralmente pela KPMG.

Das 52 operações fechadas no ano passado, a maioria (46) foi realizada entre empresas brasileiras e seis delas envolveram companhias estrangeiras.

Em março deste ano, Marcos Boscolo elencou que os principais motivos que justificam o crescimento no número de operações de fusões e aquisições no setor de educação são os seguintes: custo da oportunidade que fizeram muitos investidores apostarem recursos na compra de uma escola no meio de uma crise de econômica sendo possível encontrar instituições com valores de transações bem menores do que em períodos anteriores; consolidação do mercado, principalmente, em escolas de ensino básico que ainda não passaram por esse processo, como ocorreu no ensino superior; e a expectativa da retomada gradual do setor este ano e com forte crescimento projetado para o próximo… leia mais em Monitor Mercantil 31/05/2022