Companhias elétricas controladas por grupos internacionais de energia desistiram de apresentar ofertas pela distribuidora que está sendo vendida pela italiana Enel em Goiás, deixando na disputa apenas duas empresas brasileiras, segundo três fontes com conhecimento do assunto.

Equatorial Energia e Energisa SA eram as duas únicas empresas ainda interessadas na compra da Celg-D depois de analisar os detalhes operacionais da empresa colocados no data room, segundo as fontes.

As ofertas deveriam ser apresentadas na semana passada. Entre as empresas que analisaram o negócio e desistiram de fazer ofertas estão a CPFL Energia, controlada pela chinesa State Grid Corporation, e a EDP Brasil, da portuguesa EDP.

Segundo as fontes, EDP e CPFL preferiram não entrar na concorrência pela Celg-D por não adquirir usualmente negócios que precisam de “turnaround”. A empresa de Goiás tem um dos piores índices de qualidade entre as distribuidoras brasileiras.

Elétricas de controle estrangeiro desistem de ofertas

Enel, Energisa, EDP Brasil e Equatorial preferiram não comentar. A CPFL disse apenas que está “constantemente olhando as oportunidades que surgem no setor elétrico”.

A Enel espera conseguir perto de 10 bilhões de reais pela Celg-D, incluindo a transferência de dívida. A companhia italiana pagou 2,1 bilhões de reais há seis anos para comprar a Celg-D da Eletrobras e do Estado de Goiás num leilão de privatização.

Mas a Enel está com dificuldades para melhorar os índices operacionais da companhia como exigido pela privatização. Se determinados índices de qualidade não forem alcançados, a concessão pode ser extinta.

Mesmo depois de anos de altos investimentos, alguns indicadores ainda estão abaixo do exigido pela agência reguladora Aneel…. leia mais em Época Negócios 12/07/2022