Histórias de crescimento a partir de prejuízo saíram de moda. A opinião é do sócio da Setter, Felipe Camargo, ex-Pátria e que está à frente de uma boutique de fusões e aquisições. “Agora, a tese é a do crescimento com lucro”, completa. Para ele, as empresas que foram listadas na bolsa no boom das ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) se dividem em dois grupos: as que veem ações caírem, mas seguem gerando receita e resultado; e as que estão queimando caixa para crescer e dar escala aos negócios.

Esse segundo grupo, que conta com várias small caps, têm pouca opção além de se juntarem com outra empresa, segundo Camargo. Isso porque o dinheiro está caro para a tomada de dívida, o mercado de ações está fechado e os investidores financeiros arredios. “Muitas terão de migrar para uma fusão com uma empresa maior e mais rentável”, prevê.

O especialista observa que o empresário também tem de ser flexível nas negociações e que, provavelmente, só serão fechadas aquelas aquisições ou fusões que resultem em uma empresa com capacidade de geração de valor no futuro.

leia mais em Estadão 21/06/2022