O banco BR Partners precificou na quarta-feira, 26 de janeiro, a sua oferta subsequente de ações, em que vendeu 345 mil units a R$ 16,50. Na operação, a instituição, que fez o seu IPO em junho do ano passado, captou R$ 5,7 milhões.

Assim como o BR Partners, outros dois follows ons pretendem captar um volume de recursos semelhantes, montantes estranhos para operações que envolvem, em geral mais de uma centena de milhões de reais – às vezes bilhões de reais, como os casos das ofertas de BRF e Braskem, estimadas em R$ 8 bilhões, previstas para este trimestre.

A 3Tentos, que atua na originação e processamento de grãos e na distribuição de insumos, está com uma oferta na praça estimada em R$ 4,4 milhões. E a WDC Networks, companhia que produz, vende, distribui e loca equipamentos de tecnologia e telecomunicações, busca R$ 5 milhões.

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Empresas “driblam” CVM

O que move essas empresas a voltarem ao mercado para captar tão poucos recursos? Elas fazem parte de um grupo de companhias que, no ano passado, se tornaram públicas por meio da regra 476, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nessas emissões, apenas investimentos qualificados, com mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras, podem negociar os papéis em um intervalo de 18 meses.

Mas, no fim de setembro do ano passado, a B3 determinou que corretoras interrompessem as negociações de papéis de 12 empresas que fez IPO adotando a regra 476. Motivo: Estavam sendo negociadas com investidores de varejo. Na prática, os papéis nunca deveriam ter sido vendidos a esse público. As corretoras, entretanto, venderam de forma equivocada…Leia mais em NeoFeed 31/01/2022