A Energisa aparece hoje como a empresa favorita na disputa pela distribuidora de energia Enel Goiás, colocada à venda pelo grupo italiano Enel, embora EDP Brasil e Equatorial também consideram apresentar ofertas, disseram ao Scoop by Mover três fontes com conhecimento direto das negociações.

Enquanto Equatorial, EDP e outras potenciais rivais pelo negócio absorvem aquisições recentes, a Energisa tem mostrado apetite em suas avaliações para comprar a distribuidora, antes conhecida como Celg-D, disseram as fontes, que pediram anonimato porque as negociações são privadas.

Com receita líquida de R$9,7 bilhões em 2021, a Enel Goiás poderia levar a Energisa ou a EDP ao grupo das cinco maiores distribuidoras do Brasil por faturamento, caso vençam a disputa pelo negócio. Já a Equatorial avançaria uma posição no ranking, para quarto lugar, superando a Cemig.

A Enel, líder em distribuição no Brasil depois de comprar a Eletropaulo, em 2018, não quis comentar. A Energisa disse em nota que “não comenta operações e possíveis interesses em ativos”.

A Enel comprou a antiga Celg-D em 2016, por R$2,18 bilhões, em leilão de privatização. Desde então, enfrenta desafios técnicos e políticos, que inclusive vêm sendo usados pelos interessados para reclamar do preço de venda, de cerca de R$10 bilhões, segundo as fontes.

A Equatorial disse que “está atenta a oportunidades no mercado, no entanto não comenta sobre possibilidades de negócios ou aquisições”. A EDP está em período de silêncio.

A Energisa, que está “forte” na disputa pela distribuidora goiana, segundo uma das fontes, fechou março com endividamento líquido de R$17,2 bilhões, ou 2,4 vezes a geração de caixa operacional, o EBITDA.

Na Equatorial, a alavancagem era de 3,7 vezes, com dívida líquida de R$22,7 bilhões, impulsionada pela recente compra da geradora renovável Echoenergia. Ela também adquriu em 2021 as distribuidoras CEA e CEEE, do Amapá e Rio Grande do Sul, em leilões de privatização…. leia mais em Tc 26/07/2022