A Arthur Mining, energy tech criada por brasileiros e sediada nos Estados Unidos, responsável por levar eficiência para o setor energético através da rentabilização de energia perdida ou desperdiçada, recebeu aporte de R$ 23,5 milhões (US$ 4,6 milhões), captada entre Family Offices com grandes investimentos em Energia e Infraestrutura, em um valuation pré-money de US$ 100 milhões.

Com o aporte, a empresa projeta um crescimento de 400% de sua operação nos Estados Unidos, além de iniciar a operação no Brasil e atingir uma receita de US$ 40 milhões em 2023.

A startup desenvolve e implementa data centers de alto desempenho para mineração de bitcoins, otimizando o consumo de energia ociosa e sub-valorizada através de soluções de hardware, infraestrutura e algoritmos patenteados. Um dos exemplos é o flare gas de operações de petróleo e aterros como fonte primária de energia, instalando data centers móveis e consumindo diretamente dessas plantas, reduzindo em até 90% a emissão de carbono equivalente, um dos gases mais prejudiciais ao meio ambiente.

O ano de 2022 foi um período de extrema volatilidade para o bitcoin com uma relevante queda do valor do ativo. “Fecharmos uma rodada deste tamanho em meio à um dos momentos mais desafiadores do mercado, com outras empresas do setor em recuperação judicial e falência, foi um grande marco para a Arthur. Como os ASICs possuem uma alta correlação de preços com o Bitcoin, o momento para expandir as operações foi o mais oportuno possível, podendo adquirir os ativos com um grande desconto, inclusive parte do inventário de players menos eficientes do mercado”, completa Ray Nasser, CEO da Arthur Mining.

Energy tech criada por brasileiros e sediada nos Estados Unidos recebe aporte

Entrada da energy tech no Brasil

Além disso, após manter a operação exclusivamente nos Estados Unidos desde 2017, a startup agora prepara a entrada no Brasil para o primeiro trimestre deste ano, permitindo que a startup tenha acesso à energia ociosa de fontes renováveis a apenas US$ 15 por MW. Para fins comparativos, nos EUA a mineradora tem acesso à “stranded energy” diretamente do “grid” a um custo total de US$ 50 por MW, e a metano oriundo de “Flare Gas” a um custo de US$ 20 por MW.

A tese da Arthur para o Brasil é oferecer suas soluções e tecnologias para operações de geração e comercialização de energia, como uma solução mais eficiente para o consumo de energia ociosa ou sub rentabilizada, já que a companhia consegue viabilizar a comercialização de energia por cerca de US$ 120 por MW.

E sempre olhando pro futuro, Rudá Pellini, cofundador e presidente da Arthur Mining, afirma que “hoje, como startup, o modelo mais escalável e rentável é o processamento de transações em blockchain, que fazemos através da mineração de Bitcoins, mas com o aumento da adoção de iniciativas como o OpenAI e ChatGPT, poderemos oferecer a mesma infraestrutura de HPC (Computação de Alto Desempenho) e eficiência de custos para essas diferentes aplicações no futuro”… leia mais em Startupi 10/02/2023