A Meta, empresa brasileira de tecnologia com foco em transformação digital e inovação, e a Fundação Dom Cabral (FDC) apresentaram em primeira mão os resultados iniciais do Estudo Nacional sobre Evolução da Inovação de Negócios e Digital, que conta com a participação de mais de 80 empresas de grande porte, aquelas com mais de 500 colaboradores, e que somadas registram faturamento que supera os R$ 100 bilhões.

De acordo com os resultados iniciais do estudo, para 67% dos executivos o principal desafio da transformação digital não é tecnologia, é cultura organizacional. “A pesquisa da FDC, em parceria com a Meta, traz importantes perspectivas sobre a transformação. Além de tantos temas do universo tecnológico, o foco deveria estar no cliente, com governança de negócios bem estabelecida, cultura de excelência e foco em resultado. Está na hora de uma adaptação no discurso, menos focado em tecnologia e mais pautado em negócios. Empresas vivem do seu fluxo de caixa e o digital deve suportar este senso de urgência“, destacou Hugo Tadeu, Diretor do Centro de Pesquisa em Inovação na FDC.

Estudo inédito apresentado por Meta e Fundação Dom Cabral

Cenário da transformação digital no país

Inédito no país, o estudo traz pela primeira vez o mapa da transformação digital no Brasil e aponta recortes exclusivos que serão divulgados na íntegra ao longo dos próximos meses. Uma das primeiras conclusões do levantamento é a de que 55% dos respondentes afirmam que o desafio é a criação de uma visão estratégica para inovação, e não o desenvolvimento tecnológico em si. Esta percepção indica que a inovação conecta a transformação digital à estratégia das empresas, não ficando restrita ao silo dos setores de TI.

A pesquisa aponta ainda que 42% dos líderes consultados esperam que as novas tecnologias ampliem a eficiência operacional e otimizem a alocação de recursos, com foco na competitividade.

“Podemos perceber que o desafio, mais do que estar à frente de tecnologias disruptivas, ter um e-commerce no metaverso ou adotar o 5G, é encaixar as mudanças socioculturais e geracionais às mudanças tecnológicas, e não o contrário. O que o contexto atual aponta é que as pessoas vêm antes de qualquer decisão sobre qual software utilizar”, ressaltou Telmo Costa, fundador e CEO da Meta.

Tecnologia como facilitador

Durante o painel “Histórias de Líderes da Transformação Digital”, Diego Puerta, CEO da Dell no Brasil, ressaltou que a transformação digital é um processo de negócios. “O nosso papel é auxiliar o cliente a acoplar a tecnologia da melhor maneira, como um facilitador”, reforçou.

Para a CEO do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui, a transformação digital deve envolver todos os líderes de uma organização, ao mesmo tempo que as empresas devem ter flexibilidade e humildade, para saber a hora de aprender e buscar soluções, se readaptar, reconhecer o que não sabe e estar aberto para aprender. Telmo Costa, que participou do painel ao lado dos CEOs da Dell e do Grupo Fleury, complementou afirmando que as empresas precisam entender claramente o objetivo da transformação digital.

A CIO da Natura&Co, Renata Marques, trouxe ao público a sua visão sobre a transformação digital na prática e reforçou o papel fundamental do líder durante toda a jornada. “É preciso saber o momento de acelerar e quando manter o fluxo, tendo sempre as pessoas no centro da tomada de decisão”, destacou.

A inovação aberta como elemento-chave da transformação digital foi o assunto do painel que encerrou a primeira edição do DX Leaders. A integração de soluções emergentes e disruptivas aos negócios faz parte da mudança, como destacou o vice-presidente da Meta, Claudio Carrara, que trouxe ao público um case interno para ilustrar. “Para resolvermos a nossa jornada do colaborador Meta, utilizamos soluções de seis startups HR Tech diferentes, o que nos permitiu integrar toda a experiência, de ponta a ponta, da atração e seleção de talentos à gestão do engajamento das pessoas”… leia mais em Tiinside 23/11/2022