Nesta segunda-feira (7), a startup Dock começou uma demissão em massa. De acordo com a assessoria, os cortes atingem 12% da companhia e o número total de demitidos foi de 160 no Brasil e 30 no México.

A empresa estaria concentrando as demissões em áreas como marketing, recursos humanos e operações legais. Segundo relatos, alguns dos funcionários foram desligados remotamente e tiveram a interrupção imediata de acesso aos sistemas e e-mail.

A Dock é uma empresa de pagamentos que se tornou unicórnio em maio, depois de passar por uma rodada de investimentos e ser avaliada em mais de US$ 1,5 bilhão. A empresa atua fornecendo infraestrutura para o setor financeiro, como bancos, fintechs e varejistas.

Ainda segundo as fontes, o layoff estaria acontecendo porque a empresa não atingiu algumas das metas que planejou para este ano.

A Dock confirmou a dispensa de funcionários ao Infomoney, mas disse que isso faz parte de movimento de readequação dos times. Isso porque, depois de adquirir cinco operações, precisou rever o tamanho do quadro de trabalhadores e integrar algumas áreas.

A empresa completa dizendo que os funcionários desligados terão direito a um pacote de benefícios que inclui extensão do plano de saúde, acesso à ferramenta de acompanhamento psicológico e disponibilização do valor equivalente ao beneficio de alimentação para usos diversos.

Lista de startups demitindo é longa

A Dock é mais uma das muitas empresas de tecnologia cortando profissionais nos últimos meses. A lista é longa: Hotmart, Warren, SoftBank, QuintoAndar, Sami, Loft, Kavak, Sanar, entre outras.

Segundo o site layoffsbrasil.com, que acompanha as demissões de massa no país, só nos últimos três meses, ao menos 1,6 mil pessoas foram demitidas. Esse número passa das dezenas de milhares se considerado o cenário internacional.

Dock em Do Zero ao Topo

A startup Dock conversou com o Do Zero ao Topo, o podcast de empreendedorismo do Infomoney, em julho de 2020. Na ocasião, Antonio Soares, cofundador da companhia, destacou o histórico da empresa e lembrou de quando adquiriu a processadora de cartões não bandeirados Conductor, criada em 1997.

“Entendemos que o nosso caminho é diferente dos traçados pelas empresas tradicionalmente conhecidas como unicórnios. Somos uma empresa de mais de 20 anos, transformada ao longo dos últimos oito anos. Tivemos um crescimento mais exponencial apenas a partir de 2016”, disse Soares… saiba mais em InfoMoney 07/11/2022