A mineira FacilitaPay, que conecta empresas internacionais que operam no Brasil e em outros países da América Latina a meios de pagamento locais, conseguiu a proeza de se tornar lucrativa na pandemia e quer aproveitar o balanço para fazer sua primeira captação de recursos com investidores institucionais.

O volume de transações processadas (TPV) pela companhia passa de US$ 3,36 bilhões ao ano e a startup está de mudança para os Estados Unidos – onde pretende encontrar os novos sócios. A transferência de sede é motivada pela proximidade dos maiores clientes, já que mais de 60% da base consumidora da plataforma B2B fica no país, apesar de a operação de fato acontecer em países latinos. A startup deve manter os escritórios também no Brasil e no México, mas o registro da companhia passa a ser americano.

“Em 2020, o foco estava na nossa expansão. Entendemos que fazia mais sentido levar nossa solução também ao México e hoje estamos avançando por toda a América Latina”, conta Stephano Maciel, cofundador e CEO da empresa. “A partir disso, a gente começou a perceber uma barreira cultural e entender que manter o time comercial no Brasil criava um distanciamento gigante com nossos maiores clientes.”

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É um produto com larga demanda. Logo em seu primeiro ano de operação, em 2017, a startup já alcançou um TPV de mais de US$ 1 bilhão. O negócio surgiu como um meio de pagamento, mas foi só após pivotar para uma plataforma de operações financeiras cross border que os grandes clientes apareceram – como as americanas Kraken e Stake, de criptoativos, e a Flutterwave, de meios de pagamento, ou as brasileiras Passfolio e Octo XB.

Os sócios-fundadores Daniel Alves, Ricardo Reis e Maciel investiram juntos R$ 500 mil para tirar a ideia do papel — o único capital aplicado na companhia até hoje. Procurada por investidores nacionais nos últimos meses, a FacilitaPay resolveu fechar sua primeira captação também lá fora. A startup está buscando US$ 7 milhões para a primeira rodada……Leia mais em Pipeline 04/01/2022