Fintech Celcoin, que atende desbancarizados, recebe aporte de R$ 23 mi
: empresa fez 40 contratações remotamente durante a pandemia, chegando a marca de 90 funcionários (Celcoin/Divulgação)
A fintech brasileira Celcoin anuncia nesta sexta-feira, 16, ter recebido uma rodada de 23 milhões de reais liderada pelo fundo Vox Capital e com participação do boostLAB, hub de negócios do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) para empresas tecnologia.
Esse não é o primeiro investimento do Vox Capital na empresa. Em maio de 2019, o fundo liderou um aporte de 6 milhões de reais no negócio. A nova rodada, em plena pandemia, acontece para que a fintech tenha capital para criar novos serviços e conseguir a licença de Instituição de Pagamento no Banco Central.
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A startup, fundada em 2016, é uma das poucas empresas que se beneficiaram da crise causada pela pandemia. Suas duas frentes de negócio foram aceleradas nos últimos meses com a digitalização maior da sociedade.
A startup brasileira conecta bancos e fintechs a uma rede de órgãos públicos, operadoras de celular e concessionárias de água e luz, permitindo que esses agentes ofereçam pagamentos de contas a seus clientes, por exemplo. Com essa infraestrutura, a empresa também consegue transformar pequenos varejistas de bairro em agentes financeiros para sua região. Hoje, são cerca de 33.000 agentes cadastrados espalhados pelo país.
Como a maior parte dos estabelecimentos cadastrados atua em serviços essenciais, como farmácias e mercearias, eles ficaram abertos durante a pandemia. Assim, o volume de transações na rede cresceu 50%. “Grande parte da população desbancarizada passou a evitar aglomerações nas lotéricas depois que descobriu que era possível pagar contas e fazer recargas nas farmácias e mercados do bairro”, diz Adriano Meirinho, cofundador e diretor de marketing da fintech.
Com isso, a startup cresce mensalmente cerca de 15% e processa hoje um volume de 1,2 bilhão de reais por mês, atingindo 7 milhões de pessoas. “O aplicativo vem transformando a vida de muita gente. A rede de agentes já atende milhões de pessoas que, muitas vezes, não têm acesso para pagar suas contas, nem a alguns serviços básicos”, diz Daniel Izzo, presidente da Vox Capital.
A expectativa dos sócios é que o investimento ajude a alavancar o crescimento da empresa. Frederico Pompeu, sócio do BTG Pactual responsável pelo boostLAB, afirma estar animado com o potencial da Celcoin. Atualmente, outras dez empresas que passaram pelo programa do boostLAB são clientes da fintech.
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Trajetória da empresa
A Celcoin foi criada por Marcelo França, que fez carreira no segmento de tecnologia financeira e trabalhou em bancos, principalmente desenvolvendo redes de correspondentes bancários com atuação forte em interiores e periferias. “Percebi a penetração crescente de smartphones e a ideia era que cada usuário pagasse suas contas e fizesse recargas de celular”, afirma o empreendedor.
Em março de 2016, a experiência se transformou na Celcoin. Seis meses depois, o negócio pivotou do atendimento autossuficiente para um modelo de agentes. Revendedores porta a porta, motoristas de aplicativo e pessoas com pequenas comércios usam seus smartphones como terminais de serviços como pagar contas, recarregar celulares e vender créditos para a plataforma de streaming Netflix ou para a loja de aplicativos Google Play. O comprovante da transação é enviado por SMS ou WhatsApp.
A rede de agentes da Celcoin também funciona como um ponto de saque e depósito para as fintechs e bancos digitais. “Transformamos comerciantes em ‘correspondentes digitais’ para levar acesso à população desbancarizada e permitir que fintechs e Bancos tenham capilaridade e presença física”, afirma França. Hoje, mais de 110 instituições financeiras são clientes da empresa…leia mais em xn--flashdenotcias 16/10/2020