O grupo dos irmãos Batista está no páreo pelos ativos onshore da Brava Energia, apurou o Pipeline.

A holding J&F começou a apostar no mercado de óleo e gás no ano passado, quando comprou a Fluxus, uma pequena petroleira que tinha ativos na Argentina. Desde então, a Fluxus comprou também ativos que pertenciam à Pluspetrol na Bolívia e agora entrou na primeira fase do processo da Brava, no que pode vir a ser o seu maior passo.

Resultante da fusão entre 3R e Enauta, a Brava está negociando a venda de seus campos em terra e águas rasas e vai manter a operação em águas profundas. A companhia recebeu propostas não vinculantes na semana passada em diferentes configurações – por parte dos ativos onshore e pelo pacote.

A Fluxus entrou nesse segundo formato. No entanto, só deve ficar claro qual sua real disposição financeira na disputa se a companhia passar à etapa vinculante. Isso porque a Brava não abriu um data room com as informações dos ativos ou assinou NDA, disseram as fontes – a companhia solicitou que, quem quiser sentar à mesa para avaliar, precisava apresentar oferta inicial.

Neste momento, a avaliação é mais da administração da Fluxus sobre uma potencial oportunidade do que uma intenção dos acionistas da J&F, afirmou uma fonte.

A expectativa da Brava, apurou o Pipeline, é passar para fase vinculante já nos próximos dias. A transação é estimada em torno de US$ 2 bilhões, mas isso inclui a dívida, tornando o desembolso menor.

A J&F já tinha um pé em energia por meio da Âmbar mas, nesse caso, de energia elétrica em geração térmica. No ano passado, a Âmbar também expandiu portfólio, com a barulhenta compra das usinas térmicas da Eletrobras – uma transação que, até o penúltimo minuto, tinha a Eneva como favorita.

Na disputa da Brava, Pluspetrol e Origem também estão de olho no pacote completo. Eneva, PetroReconcavo e um consórcio entre Petro-Victory e a BlueOak também se interessam por alguns ativos, apurou o Pipeline… leia mais em Pipeline 17/01/2025