Frustrado com investidores, fundador do Revolut cria seu próprio fundo de venture capital
O russo Nikolay Storonsky, fundador e CEO do banco digital Revolut, é um homem de poucas palavras. Extremamente inteligente e competitivo, não gosta de perder tempo. Em uma rara entrevista para o brasileiro Herinque Dubugras, fundador do Brex e apresentador do videocast “HD on HD”, ele contou que não olha para competidores, não contrata executivos seniores e, frustrado com seus investidores, resolveu criar seu próprio fundo de venture capital.
Na entrevista, Storonsky conta que, na escola, já participava de olimpíadas de matemática e, na faculdade, chegou a fazer dois cursos diferentes ao mesmo tempo. Pouco depois, começou a trabalhar no banco americano Lehman Brothers — ele estava lá em 2008, quando a instituição teve de ser resgatada pelo governo. De lá, foi para o Credit Suisse, onde em pouco tempo já ganhava bônus elevados.
Depois de um tempo, cansado de trabalhar para chefes “que não eram muito inteligentes”, resolveu criar seu próprio negócio, investindo todas as suas economias. “Para mim, não foi uma decisão difícil, porque nunca tive dúvidas de que, se preciso, conseguiria ganhar mais dinheiro”, conta. Ele pesquisou os mercados chinês, europeu e americano em busca de ideias e problemas para resolver.
Então, decidiu criar um cartão multimoedas. “Eu entendia de ‘hedge’ cambial, porque fui trader, mas não entendia nada de meios de pagamento. Todos diziam que não era possível, mas conseguimos resolver isso”, conta. Segundo Storonsky, a primeira rodada de aporte foi muito difícil, com termos muito ruins para ele, mas depois as outras foram ficando mais fáceis… leia mais em Valor Econômico 04/03/2025