O fundo soberano da Arábia Saudita se tornará o segundo maior acionista da Aston Martin, com uma participação de quase 17%. Esse aumento de capital é destinado a pagar dívidas e sustentar seus negócios, explicou a montadora britânica de carros de luxo nesta sexta-feira.

A empresa, confrontada com uma dívida alta, uma queda das ações e uma equipe de Fórmula 1 em dificuldades, planejava levantar 653 milhões de libras através do investimento de 78 milhões de libras da PIF e uma emissão de direitos separada de 575 milhões de libras.

O fundo saudita terá 16,7% de participação na Aston Martin, atrás dos 18,3% que a Yew Tree, do presidente Lawrence Stroll, terá após a emissão de direitos, e terá direito a dois assentos no conselho da montadora.

Atual segundo maior acionista, a montadora alemã Mercedes-Benz AG, terá cerca de 9,7% após o aumento de capital. A empresa buscava aumentar sua participação para até 20% até 2023.

A Aston Martin teve um caminho atribulado desde sua oferta pública inicial no final de 2018. Suas ações listadas na Bolsa de Londres caíram quase 73% até agora este ano. Eles saltaram 10% na manhã de sexta-feira, depois de bater um recorde de baixa mais cedo.

Segundo a própria Aston Martin, metade do novo capital será usado para pagar dívidas. A empresa tinha uma dívida de 957 milhões de libras no final de março. Também servirá para acelerar futuras despesas de capital.

De acordo com o jornal ‘Financial Times’, a Aston Martin estava fechando um acordo para arrecadar mais de 500 milhões de libras, trazendo o fundo saudita como principal acionista. Separadamente, a Aston Martin também registrou volumes no atacado de 2.676 no primeiro semestre de 2022, abaixo dos 2.901 do ano anterior. Ela espera vender mais de 6.660 unidades para o ano inteiro… saiba mais em F1 Mania 15/07/2022